Brasil, 16 de julho de 2025
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Reações à controvérsia sobre Superman “muito woke” e a postura da direita

O lançamento de “Superman” dirigido por James Gunn e estrelado por David Corenswet tem causado uma forte repercussão, principalmente entre a direita conservadora que acusa a produção de ser “muito woke”. A discussão começou após Gunn afirmar que Superman representa uma história de imigração e valores humanos, o que gerou reações controversas nas redes sociais e na mídia.

O que disse James Gunn e a reação da direita

Em entrevista ao The Sunday Times, Gunn declarou que “Superman é a história da América, de um imigrante que veio de outro lugar e construiu uma nova vida.” Essa fala foi interpretada por alguns setores da direita, como Fox News e figuras como Kellyanne Conway, como uma tentativa de promover uma narrativa “agenda woke”, acusando o filme de ser uma propaganda progressista.

Jesse Watters, apresentador da Fox News, chegou a dizer que “no filme, Superman tem na capa ‘MS-13′”, uma referência às gangues de origem salvadorenha, numa tentativa de associar a narrativa a uma postura anti-imigratória radical. Já Ben Shapiro destacou que Superman seria um “exemplo de assimilação aos valores americanos”.

Reações contrárias e a história do herói como símbolo de inclusão

Mesmo com a reação negativa de grupos mais conservadores, diversos internautas e críticos afirmam que a narrativa de Superman sempre foi ligada à ideia de diversidade e inclusão. Histórias antigas, como episódios do seriado “Smallville” ou comentários do próprio Clark Kent, reforçam essa leitura.

Para alguns, a polêmica reflete uma resistência ao que consideram mudanças naturais na representação da cultura pop, que há décadas incorpora referências a imigração, diversidade e valores humanos universais. “Superman sempre foi um símbolo de esperança, justiça e humanidade”, comenta o roteirista e historiador de quadrinhos Rafael Medeiros.

O papel da cultura pop e a politicização das figuras heroicas

O debate se intensifica ao lembrar que heróis como Superman representam, desde sua criação em 1938, ideais de luta contra opressores e defesa do bem comum — valores que nem sempre agradaram a todos, especialmente quando questionam posturas tradicionais.

De acordo com especialistas, a resistência de certas correntes ao novo retrato do herói revela uma polarização maior na sociedade, onde figuras como Lex Luthor ou Thanos parecem mais próximos da atual política do que se imagina. “A questão não é o personagem, mas os valores que ele representa”, explica a analista política Laura Campos.

O que dizem os apoiadores e a resistência ao “wokenismo”

Diversas vozes na internet têm defendido a narrativa de Gunn, afirmando que a mensagem do filme é de bondade, inclusão e empatia. Uma usuária do X (antigo Twitter) escreveu: “Se você acha Superman ‘muito woke’, na verdade é você que tem um coração ruim. O filme é uma história de amor ao próximo, ponto.”

Essa postura de apoio é reforçada por celebridades e influenciadores que veem na nova visão do personagem uma evolução natural do herói, alinhada com valores de respeito e diversidade que devem prevalecer.

Considerações finais e o impacto na cultura pop

Independentemente das opiniões, a controvérsia revela o quanto a narrativa de super-heróis está atrelada às questões ideológicas de sua época. Enquanto alguns enxergam mudanças como avanços, outros veem uma ameaça ao legado tradicional dos heróis clássicos.

O debate continua, mas uma coisa é certa: Superman permanece como símbolo de esperança — seja na tela ou na sociedade que o cerca, refletindo nossas próprias lutas e valores.

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