No último domingo (13/07), durante a celebração da Santa Missa na Paróquia Pontifícia Santo Tomás de Vilanova, em Castel Gandolfo, o Papa Leão XIV fez uma profunda reflexão sobre a parábola do bom samaritano, destacando a importância da compaixão em nossas vidas. Em sua homilia, o Pontífice ressaltou como a figura de Cristo se torna um modelo de amor e solidariedade, convidando todos a agir de maneira similar diante das dificuldades alheias.
A mensagem central da parábola
A parábola do bom samaritano, encontrada no Evangelho de Lucas (Lc 10, 25-37), continua a ser uma fonte de inspiração e um chamado à ação em nossa sociedade. O Papa explicou que esta narrativa desafia o nosso modo de viver e nos incita a refletir sobre como estamos agindo em relação ao próximo. “Olhemos para Cristo, o bom Samaritano, e ouçamos a Sua voz que diz: ‘Vai e faze tu também o mesmo’”, exortou Leão XIV, trazendo à tona a necessidade de nos comprometermos com a compaixão.
Ao analisar o texto bíblico, o Pontífice destacou a importância do olhar. Segundo ele, a diferença entre o sacerdote e o levita, que passaram adiante sem ajudar o homem ferido, e o samaritano, que fez questão de se aproximar e socorrê-lo, reside na capacidade de realmente “ver” a dor do outro. “Existem olhares que passam despercebidos, distraídos e apressados, e aqueles que, pelo contrário, são capazes de se aprofundar e reconhecer a necessidade”, explicou Leão XIV.
Reflexões sobre a compaixão
A compaixão, segundo o Papa, não é apenas um sentimento, mas uma ação. Ele enfatizou que a verdadeira compaixão resulta em um coração que se move em direção ao sofrimento do próximo, revelando um fim de existências que vão além da observância superficial das leis e tradições. “A compaixão está no centro da parábola”, sublinhou, destacando que a ação correta deve ser guiada pela empatia e amor ao próximo.
O Santo Padre ressaltou, ainda, que o bom samaritano representa mais do que uma boa ação; ele é a imagem de Jesus. “Como aquele homem que descia de Jerusalém a Jericó, a humanidade está em constante descida nas trevas do sofrimento. Contudo, Jesus, nosso bom Samaritano, desceu até nós e curou nossas feridas com o óleo do Seu amor e misericórdia”, disse o Papa, reiterando o convite à transformação pessoal na busca por um amor que cure e console.
Despertar para um novo olhar
O convite do Papa ainda se estende a todos: precisamos urgentemente de uma “revolução do amor” em um mundo que frequentemente se fecha em si mesmo. “É necessário que façamos uma pausa em nossa vida apressada, que deixemos a realidade do outro tocar nosso coração, para que uma verdadeira fraternidade e solidariedade possam surgir entre nós”, afirmou Leão XIV.
Essa mensagem se torna ainda mais relevante em tempos de crise, onde muitos lutam contra a pobreza, a injustiça e a opressão. O Papa lembrou que temos a responsabilidade de fazer a diferença na vida das pessoas que enfrentam dificuldades extremas. “Amar significa nos tornarmos sinais do amor de Cristo no mundo”, concluiu, enfatizando que, ao vivermos a compaixão em nossas vidas, podemos realmente transformar a sociedade.
Por fim, o Pontífice encerrrou sua homilia com um apelo: “que possamos, juntos, ser instrumentos de amor e paz, derrubando barreiras que nos separam e sendo luz na vida daqueles ao nosso redor, como o bom Samaritano que nos ensina a ver e agir.”
A mensagem do Papa Leão XIV renova nosso chamado à ação concreta e à prática da compaixão no dia a dia, sob a luz do ensinamento de Cristo.
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