Sandra Fátima do Valle Reis, conhecida artisticamente como Sol, morreu neste sábado (12), aos 59 anos, em sua casa no bairro do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. A triste notícia foi confirmada por amigos próximos e divulgada através de um comunicado nas redes sociais da artista.
“Com imensa tristeza, informamos o falecimento de nossa querida Cantora Sol. Sua partida deixa um vazio enorme em nossos corações, mas também lembranças inesquecíveis de amor, alegria e generosidade”, diz o comunicado. A causa da morte ainda não foi divulgada, deixando fãs e admiradores em luto.
Sol foi encontrada sem vida por um casal de amigos por volta do meio-dia. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), enquanto a família e amigos organizam o velório. Contribuições para ajudar com os custos do sepultamento estão sendo solicitadas por meio das redes sociais.
De estrela do rebolado à “Musa do Imperador”
A carreira de Sol começou ainda na infância. Com apenas sete anos, começou a estudar piano, balé, canto lírico e acordeão. Além de sua famosa carreira musical, a artista se formou em Direito e atuou como modelo. Seus anos de glória aconteceram na década de 1980, quando se destacou com músicas de pegada sensual e figurinos ousados, fazendo apresentações em programas icônicos como os de Chacrinha, Silvio Santos e o “Clube do Bolinha”.
Durante esse período, Sol e a também famosa cantora Gretchen protagonizaram uma rivalidade épica que simbolizou a estética do rebolado na televisão brasileira. Ambas disputavam a atenção do público e da mídia, tornando-se referências da época.
Vida marcada por altos e baixos
Apesar do sucesso, a vida de Sol foi cheia de desafios. Nos últimos anos, a cantora enfrentou sérias dificuldades financeiras, chegando a pedir ajuda pública durante uma participação no programa de Sônia Abrão. Para se manter, ela passou a vender conteúdo adulto em plataformas online, uma estratégia que gerou debates sobre a precariedade financeira de artistas no Brasil.
Além das dificuldades financeiras, Sol também apresentava problemas de saúde, consequência de um acidente de carro que ocorreu há mais de duas décadas. Segundo relatos de amigos, a artista convivia com sequelas que afetavam principalmente sua memória, complicando ainda mais sua já turbulenta trajetória pessoal e profissional.
A morte de Sol é um lembrete da fragilidade da vida e do impacto que a fama pode ter na saúde mental e emocional de um artista. A trajetória dela, marcada por momentos de brilho e sombra, reflete a realidade de muitos profissionais do meio artístico que, após o auge, enfrentam a dura realidade da vida comum.
A despedida de Sol deixa um legado de canções que embalaram gerações e um convite à reflexão sobre a valorização dos artistas, tanto em momentos de sucesso quanto em suas fases mais difíceis.
Fãs e colegas da artista lamentam sua perda e compartilham suas lembranças nas redes sociais, celebrando a vida e a carreira de uma das grandes figuras da música brasileira dos anos 80.
