Na semana passada, Jen Hamilton, enfermeira com grande seguidores nas redes sociais, viralizou ao fazer uma leitura bíblica que critica o apoio ao movimento MAGA de Donald Trump. A abordagem confrontou apoiadores do ex-presidente, ressaltando os ensinamentos de Jesus sobre assistência aos necessitados.
Critica à relação entre MAGA e o cristianismo
Hamilton, que vive na Carolina do Norte, postou um vídeo no TikTok onde lê trechos de Mateus 25, evidenciando que, segundo ela, apoiar políticas que prejudicam os mais vulneráveis é incompatível com os ensinamentos de Jesus. “Quando você se recusou a ajudar o menor, foi como se estivesse se recusando a mim”, ela cita na gravação.
O vídeo, que acumula mais de 8,6 milhões de visualizações, mostra histórias relacionadas à redução de programas de assistência social, deportações e cortes na saúde, destacando um contraste entre a mensagem cristã de cuidado com o próximo e ações do governo Trump que, segundo ela, vão na direção oposta.
Repercussão e resistência entre apoiadores de Trump
Comentários tanto de fiéis quanto de ateus apoiaram Hamilton por usar diretamente a Bíblia para fazer uma crítica moral. Contudo, ela também enfrentou críticas e até denúncias à sua licença de enfermeira, alegando que seu posicionamento foi considerado uma afronta por apoiadores de Trump.
Para Hamilton, sua intenção não foi política ou religiosa, mas uma questão de moralidade: “Acredito que há uma grande diferença entre ser republicano e apoiar o movimento MAGA”, afirmou.
Debate dentro do cristianismo americano
Analistas, como o reverendo Brandan Robertson, afirmam que há uma profunda cisão na fé cristã nos Estados Unidos, alimentada pela influência da direita religiosa que, há décadas, tenta alinhar a moral cristã a políticas conservadoras e de privilégios.
Embora Trump seja visto por muitos como pouco religioso, a maioria dos cristãos brancos evangélicos apoia seu governo, com mais de 70% aprovando seu mandato, segundo pesquisa da Pew. Por outro lado, líderes cristãos progressistas criticam veementemente essa ligação, como a bispa episcopal Mariann Edgar Budde.
Chamados à reflexão e possíveis mudanças
Para algumas vozes dentro do cristianismo, há esperança de que o foco volte a ser os ensinamentos de Jesus. Carrie McKean, pastora e escritora, afirma que Jesus não veio criar um “reino deste mundo” e que fiéis devem questionar as próprias práticas políticas à luz dos ensinamentos bíblicos.
Hamilton expressa otimismo de que sua ação inspire outros a refletirem sobre suas convicções e a desconectarem fé de nacionalismo extremo. “Algumas pessoas estão começando a entender que é possível amar Jesus e não apoiar o ódio ou a exclusão”, declarou.
Perspectivas de um cristianismo mais crítico e inclusivo
Especialistas destacam que há uma parcela significativa da cristandade nos EUA que se opõe às políticas de Trump e ao que chamam de “cristianismo de MAGA”. Eles continuam tentando reconquistar fiéis, destacando que o verdadeiro cristianismo deve priorizar a justiça, a misericórdia e a inclusão, valores centrais de Jesus.
Apesar das controvérsias, o movimento de resistência cristã cresce dentro de diversas denominações, buscando realinhar a fé aos princípios originais do evangelho, distanciando-se do extremismo político. Essa disputa reflete um momento de transformação e reflexão profunda sobre o que significa ser cristão em uma sociedade polarizada.
Meta descrição: Vídeo viral questiona apoio de cristãos ao movimento MAGA, trazendo reflexão sobre fé, política e os ensinamentos de Jesus na América.
