O presidente Donald Trump anunciou nesta sábado (27) uma tarifa de 30% para produtos importados da União Europeia e do México, com início previsto para 1º de agosto, alegando ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos. A medida foi divulgada via plataforma Truth Social, após envio de cartas às duas regiões detalhando a decisão.
Tarifa de 30% contra a União Europeia e México
De acordo com Trump, a decisão foi motivada pelos déficits comerciais considerados “uma ameaça maior” à segurança do país. “Temos um dos maiores déficits comerciais com a União Europeia e o México, o que impacta a soberania americana”, afirmou em sua mensagem. Ele destacou ainda que as tarifas podem ser revogadas se o México avançar na luta contra os cartel de drogas e parar o fluxo de fentanil para os Estados Unidos.
Sobre o México, Trump reforçou que, apesar das ações do governo mexicano para melhorar o controle nas fronteiras, essas ainda são insuficientes. “Se o México não parar os cartéis e o fluxo de drogas, aplicaremos tarifas adicionais”, afirmou o presidente, que já havia imposto tarifas sobre produtos mexicanos anteriormente.
Reação do México e da União Europeia
O governo mexicano reagiu às declarações de Trump, informando que comunicou oficialmente aos EUA que as novas tarifas representam um “tratamento injusto”. A delegação mexicana alegou que a medida não foi acordada bilateralmente e que prejudica a relação entre os países.
Na carta enviada à União Europeia, Trump justificou a tarifa com base no seu déficit comercial com o bloco, que segundo ele, é um dos maiores. Desde 2018, Trump criticava a UE por supostos tratamentos desiguais e por supostamente se aproveitar dos Estados Unidos por meio de práticas comerciais prejudiciais.
Perspectivas e impacto econômico
Analistas apontam que a medida pode afetar as cadeias globais de produção e gerar tensões diplomáticas. Especialistas em comércio internacional avaliam que as tarifas podem desencadear retaliações e prejudicar acordos já estabelecidos. Ainda nesta semana, o governo mexicano afirmou que buscará diálogo para evitar o impacto negativo na relação bilateral.
Enquanto isso, a próxima semana será decisiva para o balanço das negociações, com expectativas de possíveis negociações para evitar as tarifas ou a implementação de medidas retaliatórias por parte da União Europeia.