Brasil, 12 de julho de 2025
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Projeto de lei de Marjorie Taylor Greene sobre manipulação do tempo surpreende meteorologistas

Proposta de Greene, que criminaliza prática de modificação climática, gera espanto até entre especialistas em meteorologia.

A deputada norte-americana Marjorie Taylor Greene (R-Ga.) apresentou um projeto de lei que criminaliza a manipulação do clima, levando até meteorologistas a ficarem sem palavras. A proposta, que ela descreve como semelhante ao Projeto de Senado 56 da Flórida, afirma que a prática de modificação do tempo deve ser considerada um delito grave.

Controvérsia em torno do projeto de lei e suas implicações

Greene afirmou que estudou o tema de modificação atmosférica por meses e que, caso aprovada, a legislação tornará a prática uma grave infração. “De precisamos acabar com a prática perigosa e mortal de modificação do clima e geoengenharia”, declarou a deputada, embora não tenha mencionado diretamente a recente tragédia de enchentes na Texas, que deixou ao menos 66 mortos após chuvas torrenciais.

A proposta de Greene foi recebida com espanto pelos especialistas. Meteorologistas explicam que ações como a sprinkling de partículas na atmosfera, prática conhecida como sementificação de nuvens, é uma técnica estudada para provocar chuva ou neve, mas que atualmente é controlada por agências reguladoras e cientistas. A EPA esclarece que as linhas brancas no céu, chamadas de rastros de condensação, são causadas pelo vapor de água de aviões ao colidir com o ar frio em altas altitudes.

Teorias conspiratórias e fontes oficiais

O projeto de lei de Greene reforça teorias conspiratórias que alegam manipulação do clima por governos ou organizações secretas via chemtrails, na tentativa de controlar o clima global. No entanto, especialistas ressaltam que essas alegações não possuem respaldo científico e que experiências como a sementificação de nuvens são praticadas de forma controlada e planejada, sob supervisão de órgãos ambientais.

“A manipulação do clima é um tema sensível, mas as ações reguladas e estudadas visam o benefício social, como aumento da precipitação em áreas secas”, explica a engenheira climática Laura Pacheco. “Projetos como esse nem de longe justificam criminalizar uma prática científica que pode ajudar a combater a crise hídrica.”

Impactos e reações

A proposta de Greene foi avaliada por especialistas como uma interpretação equivocada das questões relacionadas à engenharia climática. Ainda assim, ela reacendeu o debate sobre os limites da intervenção humana na natureza e o papel do governo na regulamentação dessas ações.

Por ora, não há indicações de que o projeto avance no Congresso, mas a repercussão demonstra a polarização envolvendo temas ambientais e científicos nos Estados Unidos. As dúvidas e o ceticismo dos meteorologistas reforçam que a manipulação do clima continua sendo um campo de exploração científica, e não uma prática escondida por governos.

Para acompanhar os desdobramentos, cientistas recomendam que a sociedade se baseie em estudos oficiais e evite acreditar em teorias sem fundamento científico.

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