O ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, afirmou neste sábado que o país está em negociações com os Estados Unidos para estabelecer um acordo tarifário até o dia 1º de agosto, data em que o país norte-americano planeja impor tarifas de 30% sobre produtos mexicanos, segundo Donald Trump.
Negociações bilaterais e críticas às tarifas de Trump
Em comunicado conjunto entre os Ministérios da Economia e Relações Exteriores, representantes mexicanos disseram que as tarifas previstas são consideradas injustas e que não há concordância com a medida. Segundo o documento, uma reunião ocorreu na última sexta-feira entre membros do governo mexicano e autoridades dos Departamentos de Estado, Comércio e Energia dos EUA, convocada pelo Departamento de Estado.
Durante o encontro, temas como segurança, migração, fronteira e gestão de águas também foram discutidos, além da relação econômica bilateral. As autoridades mexicanas manifestaram que a imposição das tarifas é injusta e que não aceitam a medida, que busca proteger empresas e empregos em ambos os lados da fronteira.
Perspectivas e próximos passos nas negociações
Ficou acordado que a primeira tarefa da mesa de diálogo será encontrar uma alternativa às tarifas até a data estipulada, criando uma estratégia que proteja as atividades econômicas do país e preserve empregos.
Contexto e vulnerabilidade do México
O México é um dos países mais vulneráveis às tarifas de Trump, uma vez que 80% de suas exportações destinam-se aos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial. Desde sua chegada à Casa Branca em janeiro, Trump tem criticado o México por não conter a imigração irregular e o tráfico de drogas na fronteira compartilhada, usando tarifas como instrumento de retaliação.
“O México tem ajudado a proteger a fronteira, MAS o que o México fez não é suficiente”, declarou Trump em uma carta publicada na rede social Truth Social neste sábado, ao justificar a eventual tarifa de 30% a partir de agosto.
Impactos econômicos e resposta mexicana
Os representantes mexicanos ressaltaram que a medida é considerada injusta e que o governo mexicano não concorda com ela. Uma fonte próxima às negociações destacou que o setor privado também deve desempenhar papel importante nas tratativas para evitar a aplicação das tarifas.
Especialistas alertam que, devido à forte dependência das exportações para os EUA, o impacto de tarifas elevadas poderia causar prejuízos econômicos significativos ao México, reforçando a necessidade de um acordo bilateral que minimize os efeitos para ambas as nações.
Mais informações sobre o desenvolvimento dessas negociações podem ser acompanhadas na reportagem completa do Globo.