Brasil, 12 de julho de 2025
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Grupo de apoio à amamentação defende espaços exclusivos para mulheres

Fundado por ex-membros da La Leche League, MoMa Breastfeeding busca proteger a relação mãe-bebê frente às mudanças de linguagem e inclusão de homens

Uma nova organização chamada MoMa Breastfeeding foi lançada neste ano com o objetivo de oferecer apoio gratuito e exclusivo para mães e bebês, defendendo a manutenção de espaços somente para mulheres. A iniciativa surge em meio a controvérsias sobre a inclusão de homens em grupos de apoio à amamentação, que tem gerado debates sobre a preservação da relação mãe-bebê.

Origem e luta pela identidade biomédica

Fundada por ex-funcionários da La Leche League no Reino Unido, MoMa nasceu do desejo de preservar a prática centrada na mãe na hora da amamentação. Ruth Lewis, uma das idealizadoras, afirmou que o grupo busca resgatar valores tradicionais de apoio maternal, criticando o uso de linguagem neutra de gênero e a inclusão de homens que se identificam como mulheres em encontros destinados às mães.

“O apoio às mães e às crianças que protege a relação mãe-bebê é mais necessário que nunca,” afirmou Lewis ao CNA. A organização tem origem católica, remanescente de um movimento fundado em Illinois em 1956, que inicialmente apoiava os ensinamentos morais católicos e planejamentos familiares naturais.

Conflitos com a La Leche League internacional

Nos últimos anos, a La Leche League (LLL), que nasceu com valores tradicionais católicos, passou por uma transformação ideológica. A organização passou a adotar linguagem inclusiva, como “chestfeeding” (aleitamento de peito, em inglês neutro de gênero) e a permitir a participação de homens que se identificam como mulheres.

Essas mudanças causaram a renúncia de líderes históricos, incluindo Marian Thompson, de 95 anos, que criticou a nova postura. Em 2024, seis conselheiros do Reino Unido, liderados por Lewis, foram suspensos após questionarem a inclusão de homens em espaços femininos, contra a orientação do conselho internacional da entidade.

Lewis destacou que a lei britânica confirma que “mãe” é um termo baseado na biologia, e eles buscaram os suportes legais junto à Comissão de Caridade do Reino Unido, que reforça a proteção a organizações de caráter sexista.

Defesa da realidade biológica e da maternidade

Em abril de 2025, a Suprema Corte do Reino Unido confirmou que o sexo é determinado por fatores biológicos, uma decisão apoiada pelos fundadores e por defensores da realidade biológica globalmente. Lewis declarou: “La Leche League chamou-nos de bigotes odiosos, mas nossa luta é pela relação mãe-bebê, que é natural e fundamental”.

A missão do MoMa é oferecer suporte às mães desde a gestação até o desmame, de modo voluntário e gratuito, usando uma linguagem clara. Lewis criticou o termo “parent” (parente, em inglês neutro) como prejudicial, pois torna mais difícil o acesso às informações, especialmente para mães com dificuldades de leitura ou que falam outra língua.

A importância do vínculo biológico

Justine Lattimer, advogada especializada em proteção infantil e irmã de uma fundadora do grupo, explicou que a prioridade deve ser sempre as necessidades do bebê. “O bebê nasce pronto para o aleitamento, que é uma necessidade biológica, que promove o vínculo e o bem-estar emocional”, ressaltou.

Ela acredita que a amamentação vai além da nutrição, sendo uma forma de contato e conexão emocional vital. Lattimer deseja que o MoMa contribua para fortalecer essa relação, oferecendo um espaço de apoio às mães, reforçando a naturalidade da maternidade e a importância de reconhecer as diferenças sexuais na assistência.

Reações e projeções futuras

O lançamento do MoMa em maio de 2025 recebeu atenção massiva na internet, impulsionado por uma doação expressiva da escritora J.K. Rowling, conhecida por seu posicionamento crítico à presença de homens trans em espaços femininos. A doação cobriu custos iniciais, e a organizadora Ruth Lewis afirmou que a repercussão positiva reforça o apoio à causa.

Lewis comentou que a proposta do grupo é ser “pequena e bem feita”, evitando se envolver em debates culturais ou censurar linguagem. “Nosso foco é ajudar mães a amamentar, e nada vai acabar se voltarmos a chamar as mulheres de ‘mães’ e resistirmos à presença de homens em espaços exclusivos para mulheres”, concluiu.

Assim, o MoMa mantém seu posicionamento conservador e reafirma o compromisso com a valorização do vínculo maternal baseado na biologia, defendendo espaços seguros para a mulher e o bebê.

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