Brasil, 12 de julho de 2025
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Evolution 2: um momento agridoce para o wrestling feminino

Com quase sete anos após a primeira edição, Evolution 2 destaca avanços e desafios na luta das mulheres no WWE

Neste domingo, a WWE realiza a tão esperada Evolution 2, segundo evento dedicado exclusivamente às mulheres no wrestling profissional. Após anos de transformação, o evento reforça o progresso, mas também evidencia os obstáculos ainda presentes na luta das atletas femininas.

O significado de Evolution 2 para o wrestling feminino

Depois de uma trajetória marcada por altos e baixos, o evento simboliza uma conquista importante, mas insere-se em um contexto de avanços lentos. Desde a decada passada, quando nomes como Becky Lynch, Charlotte Flair e Sasha Banks emergiram na WWE, houve uma busca contínua por reconhecimento e igualdade.

Em 2018, a estreia do primeiro Evolution abriu uma nova fase, com uma edição histórica dedicada exclusivamente às mulheres, incluindo sua própria pay-per-view. Apesar disso, desafios permanecem, como a luta por mais destaque e o combate à persistente marginalização da divisão feminina.

Desafios históricos e avanços recentes

Da era Divas às lutas por respeito

Durante a era Divas, que começou oficialmente em 2008, as lutadoras eram frequentemente reduzidas a roteiros sensacionalistas e disputas de curta duração, com forte apelo para o público jovem e o mercado de consumo. Muitos nomes históricos, como Fabulous Moolah e Wendi Richter, ajudaram a moldar a história, mas a narrativa mudou lentamente com a ascensão de uma luta mais técnica e respeitosa.

Após ampla pressão social e movimentos na internet, incluindo a campanha #GiveDivasAChance, a WWE começou a reformular sua abordagem. O fim da marca Divas, a criação do título mundial feminino e a inclusão de mulheres em eventos principais marcaram pontos positivos de uma trajetória de resistência.

Áreas de controvérsia e avanços pelo mundo

Apesar dos avanços internos, o cenário global ainda apresenta contradições, especialmente na Arábia Saudita, onde o wrestling feminino só passou a ser permitido mais recentemente. A presença das atletas em eventos no Oriente Médio ocorre sob críticas pelo contexto de direitos humanos na região, além de diversas controvérsias envolvendo a postura da WWE perante questões políticas e sociais.

Os novos desafios e o futuro da divisão feminina

Embora o entusiasmo pelos eventos como Evolution 2 seja grande, muitas dificuldades permanecem. As artistas frequentemente relatam cortes de contratos, títulos que raramente são defendidos e o próprio espaço muitas vezes relegado a um plano secundário na programação da WWE.

Especialistas apontam que, para além dos eventos pontuais, é preciso garantir uma evolução mais consistente, com maior respeito e investimentos na formação e valorização das mulheres no wrestling profissional. Como afirmou a lutadora Sasha Banks, “a luta por igualdade ainda está longe do fim, mas cada passo conta”.

Perspectivas e próximos passos

Mesmo diante de obstáculos, a realização de Evolution 2 aponta para uma tendência de maior visibilidade e amadurecimento do wrestling feminino. Analistas destacam que, para consolidar sua presença, as atletas precisam de mais espaço nas grandes apresentações e de uma narrativa que valorize sua técnica e resistência, além do reconhecimento de seus direitos.

O evento desta semana em Atlanta representa uma oportunidade importante de reafirmação, mas também um momento de reflexão sobre os desafios que ainda precisam ser vencidos para que o wrestling feminino possa de fato atingir seu pleno potencial dentro do esporte e do entretenimento mundial.

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