Os Estados Unidos anunciaram a implementação de uma nova taxa de US$ 250 para a emissão de vistos de não imigrantes, a ser cobrada a partir de 1º de agosto de 2025. A medida faz parte de um pacote legislativo que visa ampliar as receitas do governo americano com processos de visto e entra em vigor no próximo ano fiscal, que começa em outubro.
Novos valores para vistos de não imigrantes nos EUA
Atualmente, o valor cobrado para solicitar o visto de não imigrante, usado por turistas, estudantes e trabalhadores temporários, é de US$ 195 (aproximadamente R$ 1,1 mil). Com a mudança, o custo deverá subir para US$ 459 (cerca de R$ 2,55 mil). Além disso, será cobrado um valor de US$ 24 (R$ 135) para o preenchimento do formulário de registro do visto, conhecido como I-94.
Implicações e regulamentações
A aprovação do pacote configura uma possibilidade de reajuste anual dessas tarifas, que poderão ser atualizadas de acordo com a inflação americana. No momento, ainda não há uma regulamentação definitiva para a aplicação dessas novas regras, que deverão ser detalhadas pelo governo dos EUA em breve.
Reembolso sob condições específicas
O texto aprovado também permite que o solicitante peça reembolso da taxa de US$ 250, desde que cumpra certas regras, como não trabalhar sem autorização, retornar ao país de origem dentro do prazo de 90 dias ou até cinco dias adicionais, ou solicitar alteração de validade ou status migratório no país.
Impactos para os brasileiros e o mercado de vistos
Para os brasileiros, que atualmente enfrentam o pagamento de US$ 195 na solicitação do visto, a mudança representará um aumento significativo nos custos. Especialistas alertam que essa alteração pode desafiar a permanência de turistas, estudantes e profissionais temporários no país.
Segundo análises do setor, essa medida faz parte de uma estratégia de aumento de receitas em meio às tensões comerciais entre Brasil e EUA, além de refletir o fortalecimento da política protecionista do governo americano.
Contexto e ações futuras
O pacote de reformas também prevê a possibilidade de tarifas adicionais, além de tarifas de até 30% à União Europeia e ao México, com previsão de início em agosto. As mudanças nas tarifas de visto e as futuras regulamentações deverão ser acompanhadas de perto pelos cidadãos brasileiros que planejam viajar ou trabalhar nos Estados Unidos nos próximos anos.