Brasil, 16 de julho de 2025
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Vendedor ambulante é flagrado assando queijo no metrô de Salvador

Um ambulante foi filmado preparando queijo coalho dentro do metrô de Salvador. O incidente gerou preocupações sobre segurança e regulamentação.

Na madrugada da última quinta-feira (10), um vendedor ambulante causou agitação no metrô de Salvador ao ser flagrado assando queijo coalho em plena estação. O momento inusitado foi registrado por um passageiro, que compartilhou o vídeo nas redes sociais, gerando debates sobre a segurança e a legalidade da venda de produtos dentro do sistema de transporte público.

O flagra e repercussões nas redes sociais

No vídeo, o ambulante pode ser visto assando espetinhos de queijo coalho na brasa, enquanto alguns passageiros saboreavam os que já estavam prontos. Tal situação inesperada chamou a atenção de muitos que passavam pelo local. Com o registro viralizando nas redes sociais, a discussão sobre a prática de vendedores ambulantes dentro do metrô ganhou destaque.

Como a cena se desenrolou em um ambiente público onde a segurança é primordial, os internautas logo questionaram a presença do fogo, lembrando que o uso de materiais inflamáveis em trens e estações pode resultar em acidentes graves. O vídeo, que rapidamente se espalhou, também revelou a cultura e o gosto popular por comidas de rua, refletindo a dualidade entre a informalidade e a necessidade de regulamentação nesse tipo de comércio.

A posição da CCR Metrô Bahia

Em nota oficial, a CCR Metrô Bahia, concessionária responsável pelo transporte metroviário na região, revelou que registrou um Boletim de Ocorrência após o incidente. A empresa enfatizou que o uso de produtos inflamáveis, como carvão, representa um risco significativo para a segurança dos passageiros e da infraestrutura do sistema.

A CCR Metrô também lembrou que um decreto estadual proíbe a venda de produtos nas dependências das estações e terminais de ônibus, a menos que a atividade seja regulamentada e autorizada. A concessionária informou que realiza rondas frequentes em busca de vendedores ambulantes e fez um apelo aos usuários para que não consumam produtos não regulamentados e que reportem a presença de tais vendedores às autoridades competentes.

O debate sobre a informalidade no comércio

O caso ressalta um tema recorrente nas grandes cidades brasileiras: a informalidade no comércio de rua. Muitos vendedores, como o flagrado no metrô, dependem dessa atividade para sustentar suas famílias, mas enfrentam dificuldades em encontrar meios legais de operar, o que os leva a atuar em áreas onde não têm autorização.

Com a pandemia, muitos trabalhadores perderam seus empregos e viram na venda de alimentos e produtos em locais públicos uma alternativa de sobrevivência. Somado a isso, a prática se enraizou culturalmente, transformando-se em um hábito entre os usuários do transporte público, que apreciam as opções de lanches rápidos e saborosos disponíveis.

A resposta dos passageiros

Os passageiros que presenciaram a cena estavam divididos entre admirar o improviso e se preocupar com a segurança. Enquanto alguns desdenhavam da situação, outros aplaudiam a capacidade do vendedor de trazer um pouco da culinária local para dentro do metrô. O queijo coalho, um dos snacks mais populares do Brasil, sempre encontra seu lugar em eventos e festivais, mas sua presença em um ambiente fechado levanta questões sobre saúde pública e segurança.

Próximos passos e regulamentação

A situação evidencia a necessidade de uma discussão mais profunda sobre a regulamentação do comércio ambulante nas áreas públicas, principalmente em sistemas de transporte. A criação de políticas que possibilitem a formalização do trabalho dos ambulantes pode ser uma solução que beneficie tanto os vendedores quanto os usuários, promovendo um espaço seguro e organizado.

A CCR Metrô Bahia, por sua vez, continuará a monitorar e a reforçar a segurança nas estações e trens, buscando garantir a tranquilidade dos passageiros. Contudo, o que se espera é uma reflexão sobre como o Estado pode acolher essa realidade social, permitindo que os trabalhadores ambulantes operem de maneira legal e segura, sem comprometer a integralidade dos serviços públicos.

Enquanto isso, a cena do vendedor assando queijo coalho dentro do metrô de Salvador se torna um símbolo, não só de uma solução improvisada para a sobrevivência, mas também de um chamado a ação para que as autoridades repensem sua abordagem em relação ao comércio ambulante.

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