O ex-presidente Donald Trump tem enganado o público ao afirmar que cumpriu promessas de campanha relacionadas à isenção de impostos sobre benefícios sociais, horas extras e gorjetas, apesar de não ter feito isso de fato. Durante sua campanha de 2024, ele insiste que aprovou leis que isentariam os contribuintes dessas taxas, embora a realidade seja outra.
Promessas não cumpridas e mentiras reiteradas
Em uma postagem nas redes sociais nesta terça-feira, Trump alegou que, junto aos republicanos, entregou benefícios fiscais que isentariam milhões de americanos de pagar impostos sobre gorjetas, horas extras e benefícios do Seguro Social. Contudo, especialistas e fontes oficiais confirmam que as medidas promovidas por ele apenas oferecem deduções limitadas e temporárias, que não eliminam esses impostos.
Realidade por trás das falsas alegações de Trump
De acordo com avaliações de economistas, como Jason Furman, ex-economista-chefe da Casa Branca de Barack Obama, a maior parte do impacto financeiro dessas ações é negativa para a média da população, pois o aumento de tarifas e impostos compensam qualquer benefício tributário temporário. O próprio governo não confirmou o que Trump afirma sobre a extinção de impostos sobre taxas de gorjeta e benefícios do Seguro Social.
Medidas fiscais limitadas e resultados decepcionantes
Na prática, as mudanças promovidas pelos republicanos no Congresso oferecem somente deduções para um máximo de US$ 12.500 em horas extras e US$ 25.000 em gorjetas, que se aplicam apenas ao imposto de renda federal. Impostos sobre a Seguridade Social e Medicare continuam incidindo sobre esses rendimentos.
Impacto para os idosos e promessas de campanha
Para os idosos, Trump prometeu acabar com a tributação sobre os benefícios do Seguro Social. Entretanto, cidadãos dessa faixa etária terão direito a uma dedução de aproximadamente US$ 600, valor insuficiente para aliviar o peso da cobrança sobre quem já possui renda limitada. Essas deduções também têm validade até 2028, ano em que ele deixaria o cargo, se cumprir o limite de dois mandatos presidenciais.
Reação da oposição e críticas aos benefícios para os mais ricos
Partidos democratas e analistas criticam duramente as ações de Trump, apontando que suas iniciativas favorecem os mais ricos e aumentam tarifas, além de prejudicar setores como saúde e assistência social. Ken Martin, presidente do Comitê Nacional Democrata, destacou que as prioridades reais do ex-presidente não condizem com suas promessas de reduzir custos para a população.
Segundo ele, tudo indica que as medidas priorizam cortes de gastos em programas sociais e um aumento de tarifas comerciais que prejudicam a classe média e os mais vulneráveis, reforçando a percepção de que Trump atua em benefício do alto escalão econômico do país.
Perspectivas futuras e consequências
Especialistas alertam que essas ações, embora tenham a aparência de vantagens momentâneas, podem gerar custos adicionais para as famílias americanas nos próximos anos, incluindo aumento de tarifas e impostos que comprometerão o orçamento familiar. Além disso, o efeito dessas promessas falsas pode afetar a credibilidade de Trump na próxima eleição, enquanto os efeitos econômicos permanecem negativos para grande parte da população.