Brasil, 16 de julho de 2025
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Trump faz promessas fiscais não cumpridas e finge ter realizado avanços

Ex-presidante insiste em alegar conquistas fiscais que não ocorreram, enquanto o Congresso e especialistas apontam falsas promessas e efeitos negativos

Donald Trump tem continuado a afirmar que entregou promessas de campanha relacionadas a impostos e benefícios sociais, apesar de não cumprir suas próprias promessas. Em declarações recentes, ele alega que não há novos impostos sobre o Seguro Social, gorjetas ou horas extras, o que contradiz a realidade das mudanças fiscais aprovadas pelo Congresso sob sua gestão.

A falsa narrativa sobre promessas fiscais de Trump

Durante uma entrevista na Fox News em 29 de junho, Trump afirmou categoricamente que “não há imposto sobre gorjetas, Seguro Social ou horas extras”. No entanto, especialistas como Jason Furman, ex-economista-chefe de Barack Obama, alertam que o pacote aprovado traz somente benefícios temporários e limitados, além de aumentos previstos nas tarifas de importação, que podem elevar os custos para as famílias americanas em cerca de US$ 2.000 no total.

Numa postagem na terça-feira, o ex-presidente afirmou ter assinado uma lei que elimina impostos sobre a Social Security, o que é falso. Na verdade, o pacote inclui apenas deduções fiscais limitadas de até US$ 12.500 para horas extras e US$ 25.000 para gorjetas, que ainda assim estão sujeitas a tributações em programas como o Social Security e Medicare.

Promessas para aposentados e impacto real

Trump também prometeu frequentemente isentar os aposentados de impostos na Social Security, mas a ação concreta foi uma dedução de aproximadamente US$ 600 para quem não pagava tributos anteriormente devido à baixa renda. Os benefícios fiscais oferecidos expiram em 2028, ano em que Trump deixa o cargo, caso mantenha sua postura de não buscar uma terceira reeleição.

Reação do Congresso e críticas ao governo

Senadores republicanos, incluindo Bernie Moreno de Ohio, alegam que estão cumprindo as promessas de Trump, especialmente ao tornar permanentes os cortes de impostos de 2017. Contudo, críticos como Ken Martin, do Comitê Nacional Democrata, assinalam que o pacote favorece o topo da pirâmide econômica, enquanto corta benefícios essenciais de saúde e alimentação para milhões de americanos.

Moreno tentou contrastar as políticas do governo Biden, promovendo um aumento fictício na crédito de imposto infantil, que na realidade representa um benefício adicional de apenas US$ 200, e confundindo deduções com créditos fiscais de maior valor. Sua equipe se recusou a comentar as alegações.

Previsões e consequências

Especialistas alertam que as medidas adotadas, apesar de apresentadas como conquistas, podem aumentar os custos das tarifas externas, pressionando consumidores e empresas. A análise de Furman indica que essas ações reforçam o favorecimento aos mais ricos e podem prejudicar a economia e o bem-estar de famílias comuns.

A clareza e transparência nas promessas de Trump continuam em questão, enquanto a realidade fiscal aponta para benefícios temporários e efeitos que podem agravar as desigualdades econômicas no país. A expectativa é que, após 2028, muitas dessas favorecimentos fiscais possam ser revisitados pelo novo governo, dependendo de seu alinhamento político.

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