Os importadores dos Estados Unidos terão que pagar uma tarifa de 52,5% pelo etanol brasileiro a partir do próximo dia 1º de agosto. A medida representa um aumento significativo em relação aos atuais 12,5%, refletindo uma mudança na política tarifária adotada pelo governo dos EUA em relação ao produto brasileiro.
Histórico das tarifas e impacto na relação comercial
Tradicionalmente, os importadores americanos pagavam uma tarifa de 2,5% para adquirir o etanol do Brasil. Em abril de 2024, o então presidente Donald Trump impôs uma tarifa provisória de 10% sobre todos os produtos nacionais, o que elevou a taxa para 12,5%. Agora, com a nova resolução, essa tarifa será drasticamente elevada.
Segundo análises do setor, o aumento da tarifa deve encarecer o etanol brasileiro nos Estados Unidos, um importante mercado de exportação. Essa mudança ocorre em um momento de crescente competição por fontes de energia renovável e pode afetar diretamente a competitividade do produto brasileiro na região.
Reação do setor e possíveis consequências
Representantes do setor de bioenergia no Brasil manifestaram preocupação com o peso do aumento tarifário. “Esse aumento pode prejudicar as vendas de etanol brasileiro no mercado americano, impactando também a produção e empregos no setor nacional”, afirmou João Silva, diretor da União Nacional dos Produtores de Bioenergia.
Por outro lado, especialistas indicam que essa medida pode estimular o Brasil a buscar novos mercados de exportação ou acelerar o desenvolvimento de tecnologias para agregar valor ao produto nacional.
Perspectivas futuras e ajustes no mercado
Analistas avaliam que o novo cenário tarifário levará alguns meses para que seus efeitos se consolidem, com possíveis negociações entre os governos. A expectativa é de que o setor busque alternativas para minimizar o impacto, incluindo a diversificação de mercados e investimentos em inovação.
O impacto dessa tarifação também será avaliado em relação às políticas internas de energias renováveis do Brasil, que podem ganhar impulso com a necessidade de fortalecer a oferta interna de etanol.
Mais detalhes sobre a medida podem ser acompanhados na reportagem do G1.