Brasil, 12 de julho de 2025
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Tarcísio de Freitas busca apoio para reverter tarifaço dos EUA

Governador de SP se reúne com ministros e ex-presidente em busca de soluções para a taxa de importação imposta pelos EUA.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem se movimentado intensamente para reverter o impacto do aumento de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma série de encontros que refletem a gravidade da situação, Tarcísio procurou conselhos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em um esforço notável de fortalecer a posição do Brasil diante das novas medidas tarifárias.

Movimentos estratégicos para enfrentar o tarifaço

A informação sobre os contatos de Tarcísio com integrantes do STF foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo GLOBO. De acordo com fontes, o governador buscou autorização da Corte para que Jair Bolsonaro pudesse viajar e dialogar diretamente com Trump, uma proposta que foi classificada por um magistrado como “maluquice”. Em resposta à solicitação, Tarcísio ainda não se pronunciou oficialmente.

Além disso, Tarcísio se reuniu na sexta-feira passada com Gabriel Escobar, encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília. Durante o encontro, o governador expressou as consequências prejudiciais do tarifaço tanto para a indústria e agropecuária brasileira quanto para as empresas americanas. Ele destacou que é crucial buscar um diálogo claro e fundamentado com o setor produtivo paulista para encontrar soluções tangíveis.

Contexto do tarifaço e suas implicações

O aumento das tarifas imposto por Trump ocorre em um momento crítico, onde Jair Bolsonaro se encontra réu em um processo que investiga sua tentativa de golpe de estado. Desde o ano passado, Bolsonaro teve seu passaporte apreendido e está impedido de deixar o Brasil, o que complica ainda mais suas opções de negociação. Ao mesmo tempo, Trump utilizou a situação como uma justificativa para instaurar as altas taxas, descrevendo o julgamento de Bolsonaro como parte de uma “caça às bruxas”.

A relação de Tarcísio com o STF

Diferente de Bolsonaro, cuja relação com o judiciário se deteriorou, Tarcísio mantém uma boa conexão com os ministros do STF, especialmente com Alexandre de Moraes, responsável pela relatoria do caso que envolve a acusação contra o ex-presidente. Essa relação pode ser um fator importante nas tentativas de o governador buscar apoio judicial e político, a fim de minimizar os efeitos do tarifaço sobre a economia paulista.

Críticas e desafios adicionais

Nos últimos dias, Tarcísio também tem enfrentado críticas internas, mesmo dentro do governo federal. Alguns membros, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não hesitaram em apontar o uso de um boné com o slogan de campanha de Trump como uma provocação inadequada, considerando a atual tensão comercial. Inicialmente, o governador atribuiu a responsabilidade pelo tarifaço a Lula, mas mais tarde ajustou sua postura ao afirmar que “o tarifaço é deletério” e deve ser enfrentado com seriedade.

No impasse político, o encontro entre Tarcísio e Bolsonaro em Brasília, após a reunião com Escobar, centrou-se nas estratégias para lidar com o tarifaço. Auxiliares do governador confirmaram que o tema das negociações foi o foco da conversa, demonstrando o compromisso em buscar alternativas e soluções que possam beneficiar tanto o Brasil como os Estados Unidos.

O caminho a seguir

A ação de Tarcísio, embora criticada, reflete a necessidade urgente de o governo estadual se adaptar a um cenário econômico global em constante mudança. A resposta ao tarifaço de Trump não é apenas uma questão de política comercial, mas também um teste da habilidade dos líderes brasileiros em unir forças em tempos desafiadores.

Assim, o governador de São Paulo se vê em uma posição delicada, onde a pressão política, as relações internacionais e as necessidades do setor produtivo se entrelaçam. O sucesso de sua busca por soluções pode ser determinante não apenas para a economia paulista, mas também para a configuração das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

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