Brasil, 16 de julho de 2025
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Surto de sarampo atinge níveis históricos nos EUA e alerta especialistas

Com mais de 1.277 casos confirmados, EUA enfrentam pior surto de sarampo em décadas, impulsionado por lacunas na imunização.

Os Estados Unidos enfrentam em 2025 seu pior surto de sarampo em dezenas de anos, com mais de 1.277 casos reportados até esta semana, superando os registros de 2019, quando mais de 1.274 casos foram registrados, segundo o Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health. A maioria dos casos ocorre entre não vacinados ou pessoas com status de vacinação desconhecido, reforçando a preocupação de especialistas sobre a queda nas taxas de imunização.

Fatores que contribuíram para a escalada dos casos de sarampo

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), cerca de 92% dos casos neste ano estão relacionados a 27 surtos conhecidos, sendo que as taxas de vacinação no país caíram de 95,2% para 92,7% entre os estudantes na pré-escola na última temporada escolar. Essa redução coloca as comunidades em risco de novos focos de transmissão, uma vez que a imunização acima de 95% é necessária para manter a imunidade de rebanho.

Especialistas culpam as lacunas na cobertura vacinal, que tiveram início há anos devido ao crescimento do movimento antivacina e à desconfiança generalizada sobre as vacinas. O diretor executivo do International Vaccine Access Center na Johns Hopkins, William Moss, alertou que “o EUA corre risco de perder seu status de país livre de sarampo se os casos continuarem nesta taxa”.

Impacto das campanhas de imunização e riscos atuais

Apesar de o país ter eliminado o sarampo em 2000, o avanço do vírus neste ano ameaça essa conquista, uma vez que o Brasil e outros países da região mantêm o controle sobre a doença, que voltou a circular com força nos EUA.

O surto na Flórida, Texas e Nova York resultou na morte de duas crianças não vacinadas, ambas sem condições de saúde prévias, segundo informações do Departamento de Saúde do Texas. Além disso, a baixa adesão vacinal preocupa autoridades de saúde, que reforçam a importância da imunização como a principal estratégia de controle contra o sarampo.

Declínio na confiança e posicionamento oficial

O cenário também é alimentado por declarações controversas, como as feitas pelo secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., que, embora sem formação médica, tem apoiado teorias antivacina e tratamentos não comprovados, o que atenta contra esforços de vacinação.m

Em resposta, um porta-voz do CDC afirmou que “a vacina MMR continua sendo a forma mais eficaz de proteção contra o sarampo” e destacou que a decisão de se vacinar deve ser esclarecida com profissionais de saúde, considerando os benefícios e possíveis riscos.

Perspectivas futuras e necessidade de ações imediatas

Especialistas destacam que, para evitar uma reversão no progresso de controle da doença, é imprescindível reforçar a imunização e combater a desinformação. O fim do surto ainda não foi decretado, mas o risco de perda do status de país livre da doença aumenta caso as taxas de vacinação não se recuperem em breve.

O controle do sarampo depende de uma resposta coordenada, incluindo campanhas educativas, fortalecimento da cobertura vacinal e ações de vigilância epidemiológica, para evitar que esse surto se torne uma crise de saúde pública de proporções ainda maiores.

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