Brasil, 16 de julho de 2025
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Setor agrícola reage depois de proposta de Trump de substituir trabalhadores migrantes por beneficiários de Medicaid

Agricultores e especialistas criticam a proposta do governo Trump de usar beneficiários de Medicaid em funções agrícolas, levantando preocupações sobre segurança e sustentabilidade.

Durante uma coletiva nesta terça-feira, a secretária de Agricultura, Brooke Rollins, sugeriu que o governo adotaria uma estratégia para substituir trabalhadores migrantes por adultos capazes de trabalhar que estejam atualmente em programas sociais, como o Medicaid. A proposta gerou uma onda de críticas nas redes e no setor agrícola, que teme o impacto na cadeia de produção de alimentos dos Estados Unidos.

Reações ao plano de substituição de migrantes por beneficiários de Medicaid

Rollins afirmou que “não haverá amnistia” para trabalhadores agrícolas sem autorização em solo americano, mas destacou que a estratégia visa uma “abordagem mais eficiente” para manter a produção agrícola em funcionamento. Ela detalhou que a quantidade de adultos capazes de trabalhar que estão na Medicaid e disponíveis para empregos agrícolas é limitada, considerando que muitos desses beneficiários já trabalham em outras áreas ou são responsáveis por suas famílias.

Ao ser questionada sobre o impacto da medida, a secretária foi enfática: a agenda de deportações maciças do presidente Donald Trump continuará, mas de uma forma “estratégica”.

Críticas e dúvidas sobre a viabilidade da proposta

Especialistas alertam que a proposta é pouco prática e potencialmente problemática. Segundo análises, o número de beneficiários de Medicaid aptos para trabalhos agrícolas é significativamente menor do que os números apresentados pelo governo. Dados do People’s Policy Project indicam que muitos desses beneficiários já possuem empregos ou são responsáveis por familiares, o que dificulta a real substituição.

Reações nas redes sociais também foram veementes, apontando que a proposta pode gerar uma crise no abastecimento e aumentar a insegurança no setor alimentício. “A ideia de substituir trabalhadores migrantes por pessoas em programas sociais parece mais um cenário distópico do que uma solução real”, comentou um usuário no Twitter.

Repercussões no setor agrícola e perspectivas futuras

Empresários e sindicatos do setor alertam que a proposta, se implementada, pode prejudicar a produção agrícola, especialmente em estados com forte dependência de mão de obra migrante, como Califórnia e Flórida. A associação de agricultura do país já manifestou preocupação com possíveis interrupções na colheita e aumento de custos.

O governo ainda não divulgou detalhes sobre a implementação dessa estratégia nem apresentou estudos que garantam sua viabilidade. Analistas afirmam que essa proposta, além de pouco prática, pode gerar mais insegurança jurídica e social no setor agrícola dos EUA.

Próximos passos e possíveis impactos

Espera-se que a discussão sobre a estratégia continue nos próximos meses, com debates sobre seus efeitos econômicos e sociais. Especialistas recomendam cautela e reforçam a necessidade de soluções que garantam segurança alimentar e direitos trabalhistas no setor agrícola.

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