Uma pessoa na cidade de Coconino, no Arizona, morreu por peste pneumônica, doença causada pela bactéria Yersinia pestis, conforme confirmaram as autoridades locais na última sexta-feira. A notificação reforça a importância de estar atento aos fatores de risco e formas de prevenção.
Peste pneumônica: risco e transmissão
A peste pneumônica ocorre quando a bactéria Yersinia pestis atinge os pulmões, tornando-se a forma mais perigosa e rara doan doença, responsável pelo menor número de casos atualmente, de acordo com a Cleveland Clinic. Diferente de outras formas, ela pode ser transmitida de pessoa a pessoa por meio de tosse ou espirro, o que aumenta o risco de contágio em ambientes próximos.
Diferenças entre as formas de peste
Existem três tipos principais de peste: bubônica, septicêmica e pneumônica. A bubônica foi responsável pela pandemia da Idade Média, conhecida como Peste Negra. Hoje, estima-se que cerca de 1.000 a 2.000 pessoas sejam diagnosticadas globalmente com peste anualmente, sendo que na América do Norte há cerca de sete casos por ano, segundo a Cleveland Clinic.
Áreas de maior risco e fatores de vulnerabilidade
Nos Estados Unidos, a doença é mais comum em regiões rurais do oeste, onde há maior contato com ambientes silvestres e animais infectados, especialmente em atividades que envolvem trabalho com animais. Trabalhadores do setor agrícola, de caça ou que frequentam áreas de habitat de roedores estão mais expostos.
Formas de transmissão
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a peste pneumônica é a única que pode ser transmitida de pessoa para pessoa, principalmente por meio de contato próximo e contato com gotículas de alguém infectado. Além disso, é possível adquirir a doença após contato com animais infectados ou pela bactéria se mover de outras partes do corpo para os pulmões.
Prevenção e cuidados essenciais
Para reduzir riscos, recomenda-se o uso de roupas protetoras ao lidar com animais selvagens ou infectados, evitar o contato com roedores mortos ou doentes e procurar cuidados médicos imediatamente em caso de suspeita de sintomas como febre alta, tosse com sangue, dores no corpo e fadiga severa.
A vacinação contra a peste não é comum na população geral, mas profissionais de alto risco podem contar com imunizações específicas, conforme orientação médica. O diagnóstico precoce e o tratamento com antibióticos adequados são essenciais para evitar complicações ou fatalidades.
Perspectivas futuras e impacto
Com o aumento de casos em diferentes regiões do mundo, a vigilância epidemiológica permanece fundamental para o controle da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ações de controle de vetores, higiene urbana, educação da população e monitoramento de áreas endêmicas podem ajudar a diminuir a circulação da bactéria.
Especialistas alertam para a importância de estar atento aos sinais e às recomendações das autoridades de saúde, sobretudo em áreas de maior risco, reforçando a necessidade de uma resposta rápida para evitar novos óbitos por essa doença antiga, porém potencialmente fatal.