Brasil, 16 de julho de 2025
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Mulher grávida de Alabama diz que ela e o marido apoiador de Trump foram “surpreendidos” pela detenção

Esposa de imigrante iraniano, que foi preso pelo ICE, critica a política de imigração e revela o impacto emocional da situação.

Uma mulher grávida de Alabama, casada com um imigrante iraniano, afirmou que ela e sua família ficaram “surpreendidos” ao verem seu marido detido pelo ICE neste fim de semana, como parte de uma operação que visava iranianos no país. Morgan Gardner disse ter apoiado as políticas de imigração de Donald Trump, mas hoje avalia sua postura de forma diferente após o episódio.

Detenção de Ribvar Karimi e controvérsia sobre as ações do ICE

Ribvar Karimi, marido de Gardner, foi uma dos 11 iranianos presos no domingo pelo Departamento de Homeland Security (DHS). Os oficiais alegaram que as detenções fazem parte do compromisso de impedir que suspeitos de terrorismo se integrem às comunidades americanas. Segundo o DHS, Karimi serviu como atirador de elite no exército iraniano de 2018 a 2021 e possuía identificação militar do Irã.

Michelle Adams, porta-voz do DHS, afirmou que as operações refletem uma política de segurança, garantindo que “terroristas conhecidos e suspeitos” não estejam em solo americano. No entanto, Gardner contestou essas afirmações, destacando que seu marido “nunca lutou contra os Estados Unidos ou seus aliados” e que “ele mesmo lutou contra o ISIS e foi capturado nesse período”, conforme contou à CBS Alabama.

A vida do casal e o impacto emocional

Segundo o site de casamento do casal, eles se conheceram online jogando Call of Duty: Mobile. Gardner descreveu Karimi como alguém que trouxe felicidade e amor para sua vida, e afirmou que ele a encoraja todos os dias. Sua cunhada, Cyndi Edwards, criou uma campanha no GoFundMe para ajudar na defesa jurídica do casal, destacando que Ribvar foi uma figura importante na comunidade rural de Alabama, apoiando amigos e cuidando do pai de Gardner em uma crise de saúde.

Questões legais e a situação de imigração

De acordo com o DHS, Karimi entrou legalmente nos EUA em outubro de 2024 com um visto de noivo, mas não regularizou seu status — uma exigência legal que pode levar à deportação. Gardner revelou que seu advogado acredita que administrações anteriores poderiam ter protegido o marido, especialmente por ser casada com uma cidadã americana. Ela também mencionou que interromperam o pedido de residência permanente após saber da gravidez e das complicações médicas.

“Sinto que ele foi especificamente selecionado por sua origem e por questões políticas”, disse Gardner à WIAT, enquanto ela está no sétimo mês de gestação. Ela expressou esperança de que Karimi esteja com ela no parto, apesar do medo de uma possível deportação.

Reações familiares e o sentimento de traição

Gardner explicou que sua família, que apoiou Trump no passado, agora se sente traída. “Todo mundo se sente enganado e arrependido. Minha família e eu não votamos na última eleição, mas tínhamos uma visão mais favorável às políticas de Trump”, comentou. Ela também reforçou a preocupação de que, caso seja deportado, seu marido possa estar em risco de vida na Iran por sua oposição ao regime e apoio aos EUA.

Perspectivas futuras e o impacto da situação

Enquanto isso, as ações do governo e o próprio DHS continuam gerando críticas e debates sobre os limites da segurança nacional versus os direitos civis. Gardner permanece otimista de que sua situação possa mudar, mas revela que o episódio deixou marcas profundas na sua vida familiar.

Este caso levanta questões sobre a política de imigração e o tratamento de estrangeiros, principalmente aqueles que, como Karimi, apoiam o país que agora os persegue. O episódio ainda provoca reações diversas na comunidade, refletindo o clima polarizado que permeia os Estados Unidos atualmente.

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