Brasil, 16 de julho de 2025
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Motorista atropela capivaras no Lago Sul e alega não ter visto animais

Um motorista atropelou um grupo de capivaras no Lago Sul, Brasília, e foi liberado após depoimento à polícia.

Na madrugada desta quinta-feira (10), um incidente lamentável ocorreu no Lago Sul, em Brasília, quando um motorista atropelou um grupo de capivaras que atravessava a pista. O caso foi registrado por câmeras de segurança e levantou questões sobre a segurança dos animais silvestres e a responsabilidade dos motoristas.

O atropelamento e suas consequências

O motorista se apresentou à 10ª Delegacia de Polícia, onde prestou depoimento e posteriormente foi liberado, após assinar um termo circunstanciado. Durante seu depoimento, ele afirmou que não viu os animais na estrada, justificativa que pode ser controversa, considerando que as capivaras estavam andando “em fila” em uma das faixas centrais da via. A polícia, por sua vez, aguarda o laudo pericial para encaminhar o caso ao judiciário e determinar as próximas etapas legais.

De acordo com informações do Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus), das capivaras atropeladas, duas sobreviveram, mas estão em estado grave; outras treze não resistiram ao impacto e morreram no local do atropelamento.

Aspectos legais do atropelamento de animais silvestres

O incidente levanta a discussão sobre a legislação referente ao atropelamento de animais silvestres no Brasil. Segundo a Lei de Crimes Ambientais, atropelar um animal silvestre pode ser considerado um crime de maus-tratos, resultando em penas que variam de três meses a um ano de detenção, além de multa. Se a morte do animal ocorrer, a penalidade pode ser elevada em até um terço.

O advogado criminalista Rafael Valentini enfatizou que a situação pode ser ainda mais grave caso o motorista não tenha prestado socorro às capivaras feridas. “Se o motorista deixar o local sem auxiliar ou acionar as autoridades competentes, essa omissão poderá ser considerada pelo juiz como uma circunstância agravante da pena”, afirmou Valentini.

Contexto do atropelamento

As imagens do momento do atropelamento são chocantes e mostram claramente o veículo colidindo com os animais. O impacto foi tão forte que treze capivaras morreram instantaneamente, enquanto as duas sobreviventes foram imediatamente levadas para atendimento médico.

Este trágico acidente, que envolveu um grupo de capivaras, também ocorre em um contexto maior de preocupação com a preservação da fauna e a segurança nas vias urbanas. As capivaras são frequentemente vistas em áreas urbanas, especialmente nas regiões próximas a corpos d’água, onde elas costumam se alimentar e viver.

Mação pública e proteção dos animais silvestres

Incidentes como este trazem à tona a discussão sobre a necessidade de medidas mais eficazes para proteger os animais silvestres em áreas urbanas. Há uma crescente demanda por sinalização adequada nas vias para alertar motoristas sobre a possível presença de fauna, bem como a necessidade de campanhas de conscientização sobre a importância do respeito à vida animal.

Além disso, é vital que os motoristas sejam educados sobre a legislação pertinente e as consequências de suas ações no trânsito, pois a negligência ao volante pode resultar em tragédias desnecessárias tanto para os animais quanto para a própria sociedade.

Reflexão sobre a convivência entre humanos e animais

À medida que a urbanização avança, é crucial encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento urbano e a preservação da biodiversidade. A convivência entre a população urbana e a fauna silvestre requer comprometimento e respeito de ambas as partes. Este trágico acidente deve servir como um alerta para todos, lembrando que a responsabilidade de proteger a vida animal também reside nas mãos dos motoristas.

À medida que esperamos que a investigação avance e que a justiça seja feita, devemos refletir sobre nosso papel na proteção da fauna que, assim como nós, busca sobreviver em um mundo em constante mudança.

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