Brasil, 16 de julho de 2025
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Morte de conselheiro de facção criminosa em presídio no Ceará

Um conselheiro de facção criminosa foi assassinado por colegas de cela em Fortaleza, enquanto aguardava atendimento jurídico.

No último dia 9, um conselheiro de uma facção criminosa foi brutalmente assassinado por seus colegas de cela na Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2), localizada em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. O detento, identificado como Francisco Erlanio Jorge da Silva, conhecido pelos apelidos de “Lano” e “Vela”, foi atacado com uma arma artesanal, comumente chamada de “cossoco”, enquanto aguardava atendimento jurídico.

Detalhes do incidente e a resposta da penitenciária

De acordo com informações fornecidas pela Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), o crime ocorreu no momento em que Erlanio e os outros detentos estavam aguardando a presença de seus advogados. Após o ataque, profissionais de saúde da unidade realizaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, ao chegar, constatou o óbito do interno.

A SAP informou que todos os internos envolvidos no crime foram imediatamente encaminhados para a Delegacia de Polícia, onde serão investigadas as circunstâncias e responsabilidades do ocorrido. Em nota, a Secretaria enfatizou a celeridade na apuração dos fatos, que chocou a administração do sistema penitenciário.

Perfil criminal de Francisco Erlanio

Francisco Erlanio era natural da cidade de Tauá, localizada no interior do Ceará, e já possuía um extenso histórico criminal, que incluía homicídios, tráfico de drogas, tortura, receptação e roubo. Recentemente, em junho de 2024, ele foi gravado em vídeo torturando um homem que havia desagrado a membros da facção a qual pertencía, um ato que gerou ampla repercussão e contribuiu para sua prisão. Ele foi detido no mesmo mês, ao comparecer à 1ª Vara Criminal da Comarca de Tauá, onde tinha a obrigação de se apresentar mensalmente perante a Justiça devido a outros crimes.

Julgamento adiado e as consequências de suas ações

Francisco Erlanio havia sido indicado para ser julgado no dia 2 de dezembro, por sua implicação no assassinato de uma mulher em Tauá. O caso destaca não apenas a brutalidade que permeia o sistema penitenciário cearense, mas também as consequências de uma vida marcada pela criminalidade. Sua morte evidencia a dinâmica de rivalidade e violência intensa que frequentemente domina o ambiente prisional no estado.

A situação atual na penitenciária reflete um padrão recorrente de conflitos entre detentos, muitas vezes ligados a disputas de poder dentro das facções. É essencial que as autoridades conduzam investigações rigorosas para entender os fatores que levam a este tipo de violência e para implementar políticas que possam melhorar a segurança e a gestão nas unidades prisionais do Ceará.

Conclusão: Um ciclo de violência que não termina

Mais uma vez, a morte de um detento dentro de um presídio cearense lança luz sobre as falhas do sistema penitenciário. Com a crescente onda de violência entre facções criminosas e a falta de medidas efetivas para controlar a situação, episódios como este se tornam cada vez mais frequentes. O caso de Francisco Erlanio não apenas toca a vida das famílias envolvidas, mas também levanta questões importantes sobre a segurança pública, a reintegração de presos e a necessidade urgente de reformas dentro do sistema penal brasileiro.

Os desdobramentos desse caso serão acompanhados de perto pela sociedade, na expectativa de que medidas efetivas sejam tomadas para mitigar a violência e promover a justiça no sistema penitenciário.

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