Brasil, 16 de julho de 2025
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Ministro da Previdência confirma que alarmes contra fraudes no INSS foram desligados na gestão Lula

Wolney Queiroz revela que mecanismos de controle do INSS foram neutralizados entre 2023 e 2024, dificultando a identificação de irregularidades

O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou nesta sexta-feira que os mecanismos de alerta contra fraudes em descontos associativos no INSS foram “desligados” no início do governo Lula. Segundo ele, sinais internos que deveriam acionar a pasta foram neutralizados dentro do próprio instituto, impedindo que indícios de irregularidades chegassem até o ministério.

Controle do INSS foi sabotado, diz ministro

Durante participação em uma sabatina no 20º Congresso da Abraji, Queiroz explicou que os alarmes foram desativados oficialmente em 2023 e 2024. “Os alarmes foram desligados. O que significa isso? Que os pontos de atenção que poderiam dar o alarme para o ministério foram propositalmente neutralizados”, declarou. Ele não revelou nomes, mas indicou que os responsáveis eram de dentro do própria INSS, incluindo servidores de carreira.

Fraudes anteriores à gestão Lula

O ministro também afirmou que as fraudes iniciaram em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, e que o atual governo foi responsável por descobrir o esquema. “Apesar das fraudes terem se iniciado antes, o governo Lula identificou e atuou contra o problema”, reforçou.

Responsáveis pelos desligamentos e possíveis convocações

Ao ser questionado sobre os responsáveis pelo desligamento dos mecanismos de controle no INSS, Queiroz evitou citar nomes específicos, mas mencionou que “cinco ou seis” servidores de carreira estavam envolvidos, incluindo o então procurador-geral Virgílio Filho e Vanderlei Barbosa dos Santos, ex-diretor de benefícios, ambos afastados após a deflagração da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes bilionárias no órgão.

O ministro afirmou que essas pessoas devem ser convocadas para a próxima Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema, prevista para o segundo semestre, na esperança de esclarecer o funcionamento do esquema fraudulento.

Perspectivas futuras e avaliação do cenário

Segundo Queiroz, a partir da instalação da CPI, o governo busca “virar a chave” na investigação e reforçar o combate às fraudes. Ele destacou que a prática de desconto em folha para associações de aposentados foi autorizada por lei em 1991 e funcionou bem até 2018, mas passou a apresentar falhas entre 2019 e 2022, quando surgiram entidades com o objetivo exclusivo de fraudar o sistema.

“O Estado brasileiro falhou ao nunca fazer uma conferência adequada da lista de aposentados com desconto, deixando a porta aberta para a criminalidade”, completou. Wolney Queiroz assumiu a pasta após a saída de Carlos Lupi e afirmou que, desde sua chegada, prioriza a transparência e o combate às irregularidades.

Mais informações sobre a investigação e ações do governo podem ser consultadas na reportagem do O Globo.

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