A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para 2,5% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025, ante 2,4% anteriormente estimados. A atualização foi divulgada no Boletim Macrofiscal nesta sexta-feira (11) e considera fatores favoráveis ao crescimento, como o baixo desemprego no último trimestre.
Fatores que impactaram a revisão do crescimento do PIB
De acordo com o boletim, a expectativa positiva se deve ao aumento no consumo das famílias, a despeito de uma política monetária restritiva. Além disso, o crescimento da agropecuária foi revisado para cima, impulsionado pelas crescentes estimativas do IBGE para a produção de milho, café, algodão e arroz em 2025.
Para 2026, a previsão de crescimento foi ajustada para 2,4%, depois de uma previsão anterior de 2,5%. Nos anos seguintes, a expectativa permanece em torno de 2,6%, alinhada ao potencial de expansão da economia brasileira.
Perspectivas para a inflação e expectativas futuras
O Ministério da Fazenda também revisou a projeção de inflação para 2025, passando de 5% para 4,9%, devido ao desempenho abaixo do esperado nos meses de maio e junho. A inflação em 2026 deve ficar em 3,6%, dentro do intervalo da meta, mas acima do objetivo central de 3%. Para o INPC de 2025, a previsão caiu de 4,9% para 4,7%, enquanto o IGP-DI passou de 5,6% para 4,6%.
Impactos de possíveis mudanças nas tarifas de importação
O boletim destaca que as projeções não consideraram os impactos potenciais da elevação na tarifa de importação dos Estados Unidos, de 10% para 50%, o que poderia afetar alguns setores específicos, mas com impacto limitado na expectativa de crescimento para 2025.
Perspectivas econômicas e cenário internacional
Segundo o documento, as expectativas para os anos seguintes indicam uma convergência da inflação ao centro da meta, com crescimento real ao redor de 2,6%. A previsão de aumento na taxa de juros básica terminal até o fim deste ano também influenciou a revisão das estimativas de crescimento.
O Boletim Macrofiscal reforça a confiança na continuidade do ritmo de crescimento sustentável da economia brasileira, mesmo diante de cenário internacional e possíveis fatores de risco.