Nesta quinta-feira, a assessora de comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, protagonizou uma controvérsia ao afirmar que Donald Trump merece o Nobel da Paz, uma declaração que dividiu opiniões e atraiu duras críticas de ambos os lados do espectro político.
Trump e o Nobel da Paz
Leavitt declarou no X (antigo Twitter): “Trump merece Nobel da Paz. Ele conseguiu mais do que os que já receberam o prêmio”, apoiando a ideia de que suas ações no Oriente Médio justificariam a honraria.
A afirmação foi feita após o ex-presidente ter sido mencionado por Netanyahu, que o indicou ao Nobel por seu trabalho na obtenção de um cessar-fogo entre Israel e Irã, além de tentar mediar um acordo entre Israel e Hamas.
Controvérsia e críticas
Especialistas e políticos criticaram a declaração de Leavitt, lembrando que Trump, antes de alcançar qualquer acordo de paz, teria realizado ações como ataques na Síria e Irã, além de apoiar Israel com armas durante ofensivas militares. Muitos argumentaram que essas atitudes desqualificam a hipótese de um Nobel justificável.
“Trump lutou várias vezes contra acordos de paz e utilizou a força militar na região, o que contrasta com os critérios tradicionais para o prêmio Nobel da Paz”, afirmou a analista política Luciana Ferreira. Outros reforçaram que, embora tenha havido um cessar-fogo, o contexto geral das ações de Trump não indica uma real conquista de paz.
O histórico de Trump e o Nobel da Paz
Trump é conhecido por suas repeatedly negativa opinião sobre o Nobel. Ele reclamou diversas vezes por não ter recebido o prêmio, criticando Barack Obama por conquistá-lo, e afirmou que deveria ter recebido “quatro ou cinco” até hoje.
Enquanto isso, seu governo foi marcado por ações militares controversas, incluindo a tentativa de ataque a Iran em 2020, e apoio contínuo a Israel, o que levanta dúvidas sobre a legitimidade da homenagem sob critérios tradicionais.
Repercussões e próximas etapas
Especialistas avaliam que a tentativa de Trump de conquistar o Nobel da Paz, mesmo com posições controversas, demonstra as complexidades e os debates em torno do prêmio, que muitas vezes é visto mais como uma simbologia política do que uma condecoração baseada estritamente em mérito.
Por ora, a declaração de Leavitt reforça o clima de polarização em torno do ex-presidente, enquanto a comunidade internacional continua atenta às negociações na região e às opiniões sobre suas ações passadas.