Brasil, 16 de julho de 2025
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Ketanji Brown Jackson revela o medo que a mantém acordada à noite diante do segundo mandato de Trump

Justiça do Supremo dos EUA expressa preocupação com a democracia e apela para maior atenção às ações do governo.

No evento realizado pela Associação dos Advogados de Indiana nesta quinta-feira, a juíza do Supremo dos Estados Unidos, Ketanji Brown Jackson, compartilhou sua maior preocupação atual: o estado da democracia americana. Jackson, uma das três desembargadoras liberais da corte, afirmou que seu interesse é fazer com que a população se envolva e preste atenção ao que acontece na política do país.

Medo de Jackson sobre o futuro da democracia americana

Questionada pelo moderador sobre o que a mantém desperta durante a noite, Jackson respondeu: “Eu diria que o estado da nossa democracia”. Ela destacou a importância de investir na conscientização pública acerca das ações do governo, especialmente em tempos de polarização e desafios institucionais.

Ela não detalhou, porém, quais aspectos do momento atual a preocupam mais profundamente. Durante o último mandato, encerrado em 27 de junho, Jackson escreveu 24 opiniões e liderou as dissidências na corte, segundo análise do SCOTUSblog.

Decisões de discordância e seu impacto

Jackson afirmou que opta por dissentar sempre que acredita que tem algo relevante a acrescentar: “Quando sinto que tenho algo a oferecer e a acrescentar, não tenho medo de usar minha voz”. Sua postura de independência foi evidenciada na recente decisão de enfrentar as ações do ex-presidente Donald Trump.

Contra ações de Trump

Ela foi a única a discordar de uma decisão emergencial que permitiu a Trump executar demissões em massa em várias instituições federais, descrevendo a decisão como “desafortunada, audaciosa e sem sentido”. O ato foi assinado de forma anônima, sem contabilização de votos, dada a sua natureza emergencial.

Críticas às limitações do Judiciário

No mês passado, Jackson também manifestou forte críticas a uma decisão da corte que limitou o uso de ordens de proteção, como injeções judiciais, contra a ordem executiva de Trump para acabar com a cidadania por nascimento. Ela afirmou que tais decisões “ameaçam o Estado de Direito” e podem enfraquecer o respeito aos limites do poder presidencial.

“Se permitirmos que o Executivo aja ilegalmente em algumas circunstâncias, como a corte decidiu hoje, abriremos o caminho para a impunidade presidencial”, escreveu. “Essa situação pode levar ao fim da esperança de um governo equilibrado e legalista.”

Preocupações futuras

Jackson reforçou sua preocupação com o impacto dessas decisões na estabilidade democrática dos EUA, destacando a necessidade de vigilância constante e de uma atuação judicial firme frente aos ataques à Constituição e ao Estado de Direito.

As palavras de Jackson são um alerta à sociedade americana e ao mundo para que se mantenham atentos à defesa do sistema democrático, que ela considera ameaçado no momento político de seu país.

Para saber mais, acompanhe as declarações completas da juíza dos EUA disponíveis no vídeo do evento.

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