Clipes mostram a força das enchentes no Texas
Um vídeo compilado pelo TikTok de @kelseycrowder_ mostra a rápida transformação do rio Frio, localizado a cerca de 130 km de San Antonio, de um fluxo tranquilo às 17h43 para uma enxurrada que engoliu árvores e trilhas em menos de uma hora. O vídeo, que já ultrapassou 8 milhões de visualizações, evidencia a imprevisibilidade da natureza durante eventos extremos.
Outro vídeo viralizador, uma sequência de 30 segundos de uma crônica de subida das águas do rio Llano, foi compartilhada pelo CNN no TikTok. Comentários criticaram a mínima previsão e o pouco aviso às populações, reforçando o sentimento de “surpresa” coletiva diante do desastre.
Críticas às falhas no sistema de aviso
Muitos usuários nas redes sociais atribuíram a surpresa às enchentes à suspensão de órgãos de previsão meteorológica devido aos cortes na NOAA, agência de clima vinculada ao governo dos Estados Unidos. Segundo relatórios, milhares de profissionais foram demitidos após cortes orçamentários promovidos no governo anterior, limitando a capacidade de previsão com antecedência.
Uma internauta comentou: “Se ao menos tivéssemos um serviço meteorológico totalmente financiado e apoiado…”, enquanto outro reforçou: “Não deveríamos precisar implorar por sistemas de aviso melhores”.
Questões de preparação e respostas locais
Autoridades do condado de Kerr, uma das regiões mais afetadas, vêm alertando há quase uma década sobre a necessidade de melhorar o sistema de avisos de enchentes, porém, as ações concretas ainda são incipientes, segundo reportagens.
Na sociedade texana, há um movimento crescente por maior união comunitária diante de eventos climáticos cada vez mais imprevisíveis, especialmente com o possível enfraquecimento de órgãos como a FEMA, defendido por alguns políticos após a administração Trump.
Debates sobre mudanças climáticas e políticas públicas
Alguns usuários minimizam a influência do clima na calamidade, alegando que “mudanças climáticas não existem” e destacando o voto de regiões rurais contra políticas ambientais. Outros lembram que o risco de enchentes vem crescendo por conta do próprio avanço do clima e da ocupação irregular de áreas de risco.
Para muitos, o que está em jogo é a responsabilidade do governo e a necessidade de fortalecer a infraestrutura de previsão e resposta às emergências. “Assistimos à água subir sem prepare-se-lo suficiente”, comentou um internauta nos comentários das redes sociais.
Reflexões e próximos passos
Especialistas alertam que o aumento da frequência e intensidade das enchentes exige mudanças estruturais e políticas ambientais mais firmes, além de um sistema de alerta eficiente. O governo estadual e federal enfrentam o desafio de equilibrar a prevenção às mudanças climáticas com ações de emergência rápidas e eficazes.
Enquanto isso, a comunidade local e os internautas continuam debatendo o que poderia ter sido feito de diferente, reforçando a importância de uma abordagem mais coordenada para enfrentar essa nova realidade climática.