Brasil, 11 de julho de 2025
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Empresários paulistas buscam apoio de Tarcísio e Alckmin contra tarifa de Trump

Com a nova tarifa de 50% imposta por Trump, empresários de SP buscam soluções negociadas com os governantes locais.

O recente anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma tarifa de 50% em produtos exportados pelo Brasil gerou alarmes no setor empresarial paulista. Diante de tal situação, tanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), quanto o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), são procurados por figuras influentes e representantes de associações que esperam que uma articulação politica possa amenizar os prejuízos econômicos causados pelo chamado “tarifaço”.

A pressão do setor produtivo

Conforme informações levantadas pelo jornal O GLOBO, o empresariado paulista tem enviado relatórios à gestão de Tarcísio, argumentando sobre os impactos negativos da nova tarifa. Os relatos são parte de uma tentativa de auxiliar o governador na comunicação com autoridades americanas e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que poderia se manifestar para desestimular Trump.

Tarcísio permanece em Brasília para reuniões estratégicas e se encontrou com Gabriel Escobar, encarregado de negócios da embaixada americana, um dos principais interlocutores do governo Trump no Brasil. A divulgação pública da agenda gerou reações mistas: enquanto alguns aliados de Bolsonaro criticaram a postura do governador, considerando-a imprudente, outros no setor empresarial veem valor no seu envolvimento no processo negociador.

Críticas à postura de Tarcísio

Alguns críticos, incluindo aliados de Bolsonaro, expressam que a postura de Tarcísio pode ser mal interpretada como uma busca por protagonismo político. Um bolsonarista que optou por manter o anonimato mencionou que Tarcísio deveria focar na redução de tributos em São Paulo, em vez de se envolver em uma esfera política que não lhe compete diretamente.

O economista Roberto Giannetti da Fonseca, ex-secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior e antigo diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também descreveu a atitude de Tarcísio como inadequada. Para ele, a politicização da questão prejudica o debate e a eficácia das negociações.

A visão empresarial e as necessidades do setor

Por outro lado, Tirso Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), acredita que uma articulação técnica e política pode ser benéfica. Ele argumenta que Tarcísio, liderando o estado mais rico do Brasil, possui a capacidade de influenciar decisões em Washington e defende a busca por alternativas ao confronto.

A necessidade de um diálogo produtivo entre Brasil e Estados Unidos é evidente, com a estratégia de apresentar argumentos técnicos para mostrar os impactos negativos da tarifa tanto para o Brasil quanto para os EUA. Guilherme Piai, secretário estadual de Agricultura, alertou que o encarecimento do suco de laranja e outras commodities afetará não apenas os produtores brasileiros, mas também o consumidor americano, gerando um impacto inflacionário indesejado.

Considerações sobre acordos futuros

De acordo com fontes, Tarcísio não busca criar um canal de negociação paralelo, mas sim se posicionar como um defensor legítimo dos interesses de São Paulo. Entretanto, o consenso entre representantes do setor empresarial é que o真正 negociação precisa ser realizada pelo governo federal, e não deve ser politizada afetando o ponto focal principal do problema.

Uma queda de braço com Trump poderia agravar ainda mais a situação, e muitos empresários já se manifestaram contra medidas extremas, lembrando que a alta de insumos pode gerar um efeito dominó para as cadeias produtivas. Além disso, propostas como a isenção de ICMS para as cadeias mais prejudicadas estão sendo debatidas, mas ainda não foram levadas adiante pelo governo estadual.

O futuro das relações comerciais

A atual situação demonstra o papel crucial que a política e a economia desempenham nas relações comerciais. As incertezas e a volatilidade observadas na geopolítica devem ser tratadas de forma cautelosa. Assim, os próximos passos do governo Luiz Inácio Lula da Silva serão fundamentais para dirimir os conflitos e encontrar soluções viáveis para reverter ou minimizar os impactos do “tarifaço” imposto por Trump.

Em suma, a articulação política entre líderes estaduais e o governo federal se torna ainda mais relevante diante deste novo desafio comercial, a fim de preservar e promover os interesses do setor produtivo paulista.

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