A China negou nesta sexta-feira (11) a acusação de armazenar ilegalmente dados pessoais de usuários em servidores do seu território, em resposta à abertura de uma investigação pela União Europeia (UE) sobre o TikTok. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, declarou que Pequim “atribui grande importância à confidencialidade e segurança dos dados e os protege de acordo com a lei”.
China afirma que não exige coleta ilegal de dados
Segundo Mao Ning, Pequim “nunca exigiu, nem exigirá que empresas ou indivíduos coletem ou armazenem dados de forma ilegal”. A autoridade chinesa reforça a sua postura de proteção de dados, em meio às suspeitas de que a plataforma de vídeos, pertencente ao grupo ByteDance, armazena informações de usuários europeus em servidores na China.
Investigação da União Europeia sobre o TikTok
A Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados, que representa a UE na fiscalização da plataforma, iniciou na quinta-feira uma investigação contra o TikTok pelo armazenamento de dados pessoais de usuários europeus em servidores chineses. A ação ocorre após a denúncia de que a plataforma, que possui 1,5 bilhão de usuários, coloca em risco a privacidade dos consumidores, pois seus dados podem ser acessados remotamente da China.
Multas e preocupações regulatórias
Em maio, as autoridades irlandesas multaram o TikTok em 530 milhões de euros (aproximadamente 620 milhões de dólares) por não garantir proteção suficiente aos dados pessoais de cidadãos europeus. Apesar de armazenar esses dados fora do continente, a plataforma é alvo de críticas e investigações constantes por parte dos governos ocidentais, que temem possíveis usos de informações para espionagem ou propaganda.
Contexto internacional e riscos de espionagem
O tema da segurança de dados do TikTok é uma preocupação global há vários anos. Os países ocidentais, especialmente durante a guerra comercial com a China, elevam o receio de que informações dos usuários sejam utilizadas por Pequim para fins de espionagem ou manipulação de opinião pública. A denúncia da UE reforça a tensão na relação entre a plataforma e reguladores internacionais.
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