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No dia seguinte à sua inauguração, o centro de detenção de imigrantes na Flórida, apelidado de “Alligator Alcatraz”, já mostra sinais de deterioração, levantando críticas sobre sua construção rápida e precária. A instalação foi aberta nesta semana pelo governo de Donald Trump, com promessas de rapidez na sua montagem, mas as condições parecem deixar a desejar.
Construção acelerada e problemas iniciais
Localizado na região das Florida Everglades, o centro foi criado em menos de oito dias por meio de uma ordem de emergência do governador Ron DeSantis, que usou seus poderes especiais para apropriar o espaço do Aeroporto de Dade-Collier. Segundo informações oficiais, o financiamento veio do programa de abrigo e serviços do FEMA, criado pelo Congresso para apoiar municípios que recebem imigrantes e solicitantes de asilo.
Entretanto, logo após a sua inauguração, vídeos de uma representante democrata, Anna Eskamani, mostraram o local já com problemas de infiltrações de água. Durante uma tempestade rumo ao verão, a chuva entrou por debaixo de uma tenda, acumulando-se ao redor de fios elétricos e bloqueando as entradas. A vídeo viralizou nas redes sociais, provocando diversas reações de usuários, que criticaram a infraestrutura improvisada e hipóteses de negligência.
Críticas e reações nas redes sociais
Comentários no Twitter e TikTok destacaram a inadequação do centro para suportar condições ambientais extremas, como tempestades e furacões, comuns na região. “Construído às pressas e mal feito, como a política do próprio Donald Trump”, comentou um usuário na rede social. Outros reforçaram: “Se fosse na casa de alguém, seria considerado uma negligência grave.”
Especialistas e opositores questionam os padrões de qualidade para esses locais de detenção e destacam o risco que a infraestrutura precária representa para a segurança dos detentos e dos funcionários. “Quando se faz tudo na pressa, o resultado é uma instalação inconsistente e perigosa”, apontou um analista da área de direitos humanos.
Condições ambientais e futuras preocupações
De acordo com o Departamento de Gestão de Emergências da Flórida, a instalação foi projetada para suportar ventos de até 110 mph, categoria 2 de furacão, uma capacidade considerada insuficiente diante dos históricos eventos na região, que frequentemente enfrenta furacões de maior intensidade. Anteriormente, o site foi criticado por não estar preparado para as condições climáticas da zona.
Após a tempestade, a própria equipe de manutenção afirmou que os problemas de entrada de água foram resolvidos na noite seguinte, com reparos nos vãos de junção das estruturas. No entanto, a questão continua gerando dúvidas sobre a segurança e durabilidade do centro, sobretudo com a temporada de furacões ainda em andamento.
Analistas apontam que esta instalação, com recursos públicos e prometida como solução rápida, evidencia uma operação de construção incapaz de atender às demandas de um clima tão hostil quanto o das Florida Everglades, além de simbolizar o que muitos chamam de “políticas rápidas e mal planejadas”.
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