Brasil, 11 de julho de 2025
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Brasil inicia caminhada rumo ao nono título da Copa América Feminina

A Copa América Feminina 2023 começa hoje, com Brasil em busca do nono título e vaga para os Jogos Olímpicos de Los Angeles.

A partir desta sexta-feira, 10 seleções começam a duelar pelo título da 10ª Copa América Feminina, disputada no Equador. Octacampeão, o Brasil quer manter a hegemonia no continente e garantir a vaga para os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028. Para cumprir essa missão, o treinador Arthur Elias selecionou 23 atletas, e 12 delas atuam no futebol brasileiro.

A trajetória da seleção brasileira

Sede da Copa do Mundo de 2027, o Brasil já está confirmado na disputa, mas precisa chegar à final para carimbar o passaporte para Los Angeles. A seleção está em uma crescente constante há quase dois anos, desde que o ex-treinador multicampeão pelo Corinthians assumiu o cargo e promoveu diversas mudanças. Uma delas foi voltar as atenções para o futebol praticado pelas mulheres no Brasil. Como resultado, o país conquistou um vice-campeonato olímpico, uma vitória inédita sobre os EUA e alcançou o quarto lugar no ranking de seleções da FIFA, o melhor índice desde 2013.

Composição das seleções e a influencia do futebol feminino

Das 230 atletas que representarão suas equipes na Copa América, que vai até 2 de agosto, 141 atuam em clubes da América do Sul. Os campeonatos do Brasil e da Argentina têm, cada um, 28 representantes inscritas no torneio continental, seguido pelas 39 jogadoras que atuam na Espanha e 22 jogadoras nos Estados Unidos, que se destacam nas ligas mais globalizadas.

Mais da metade das jogadoras inscritas vestem a camisa de times estrangeiros: são 124, ou 53,9%, contra 106 (46,1%), que atuam em seu próprio país. Além das 141 atletas de times sul-americanos — 35 em clubes estrangeiros —, as 89 restantes se espalham por quase todos os continentes. No América do Norte, são 33 as representantes (11 do México); 52 jogam na Europa; e na Ásia, três representadas, uma jogadora veste as cores do Melbourne City, da Austrália.

Gabrielle Botário, repórter de futebol feminino do Campo Delas, avalia como positivo o fato de que o futebol da Copa América reverbera em diferentes pontos do globo. “Vai ser uma edição muito mais globalizada do que as outras, isso tem a ver com o crescimento do futebol feminino”, explica. “Estados Unidos e Europa têm se mostrado à frente, e aqui na América do Sul estamos nos adaptando a esse cenário.”

Expectativas para a Copa América Feminina 2023

A partida inaugural do torneio, entre Equador e Uruguai, será às 21h, pelo Grupo A — Argentina, Chile e Peru completam o grupo. O time da casa poderá contar com seis jogadoras que disputaram, neste ano, a primeira divisão do Brasileirão feminino. A volante Joselyn Espinales atua pelo Palmeiras, enquanto a meia-atacante Emily Arias é um dos destaques do América-MG.

Além disso, quatro uruguaias também jogam a Série A1: Belén Aquino e Fefa Lacoste, pelo Internacional; e Wendy Carballo e Ángela Gomez, pelo Bahia. Para Izabela Baeta, jornalista do No Ataque e Estado de Minas, os investimentos recentes no Brasil têm valorizado o torneio nacional. “Se as atletas hoje estão na Série A1, é porque o país já recebeu investimento, então isso já muda o panorama como um todo,” analisa.

Concorrência à altura: a Colômbia

A principal concorrente da seleção brasileira é a Colômbia, derrotada pelo Brasil na final da última edição e a sul-americana que mais avançou na Copa do Mundo de 2023, ao chegar nas quartas de final. As equipes se enfrentarão na quarta rodada, no dia 25, pelo Grupo B, que também conta com Paraguai, Venezuela e Bolívia. As chances de um reencontro na decisão são altas.

Embora a maioria das colombianas atue fora do país — são 19 jogadoras, contra quatro que disputam a liga nacional —, a equipe possui grandes talentos, como a atacante Linda Caicedo, que é titular no Real Madrid. Outros nomes de destaque no futebol brasileiro incluem a meia Daniela Monoya, do Grêmio, e a goleira do Palmeiras, Kate Tapia.

Contudo, Gabrielle Botário destaca que “a Colômbia parece não ter interesse pela modalidade e acaba vendendo as jogadoras para ligas mais visíveis, o que resulta na falta de investimento local.”

A evolução do futebol feminino na Espanha

De forma distinta, a Espanha vive um momento áureo no futebol feminino, evidenciado pelo sucesso do Barcelona, atual campeão mundial. O país se consolida como uma vitrine para jogadoras, com suas equipes tendo representantes em todas as seleções que disputam a Copa América. O idioma e a proximidade cultural diminuem as barreiras, o que também contribui para a forte migração de jogadoras brasileiras para a liga espanhola.

Izabela pontua que “a liga espanhola é muito competitiva, com uma visibilidade enorme para as atletas,” reforçando o contraste com outras ligas que ainda lutam para receber investimentos significativos.

Com o evento se aproximando, a expectativa pelo desempenho das seleções é enorme, e o Brasil, em busca do nono título, certamente estará entre os times a serem observados com atenção.

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