Durante o feriado de Independência dos Estados Unidos, o Texas enfrentou uma série de enchentes fatais, com pelo menos 108 mortes, incluindo 30 crianças, e aumento contínuo das vítimas, segundo fontes locais e de CNN. Vídeos feitos por usuários do TikTok, como @kelseycrowder_, mostram a rápida transição da calma para a devastação nas águas do rio Frio, a cerca de 130 quilômetros de San Antonio.
Vizinhos da natureza em choque com a força das enchentes no Texas
Nas gravações, o momento parece tranquilo às 17h43, mas em poucos minutos a água começa a subir violentamente, atingindo ruas e árvores por volta das 18h31. O vídeo da escalada rápida, com imagens até às 18h44, mostra troncos de árvores sendo carregados pelas águas, refletindo a intensidade dos fenômenos climáticos.
Alertas insuficientes e a crise no sistema de previsão
Outra gravação viral em formato de time-lapse, obtida do Rio Llano em Kingsland, Texas, mostra a subida vertiginosa das águas em apenas 30 segundos. Segundo reportagens, moradores de Kerr County já alertavam há anos para a vulnerabilidade das áreas às inundações, mas questionamentos surgem quanto à eficácia do sistema de aviso, que teria sido pouco eficiente desta vez.
“Se ao menos tivéssemos um serviço meteorológico totalmente financiado e apoiado…”, afirmou um internauta nos comentários, apontando para os cortes na NOAA promovidos durante a gestão Trump, que resultaram na demissão de milhares de funcionários especializados em previsão do tempo. Segundo a Agência de Notícias Associated Press, essa redução comprometeu a capacidade de previsão e aviso antecipado.
Política, clima e comunidade diante da tragédia
Comentários nas redes sociais refletem um sentimento de frustração e preocupação: “Não deveríamos precisar mendigar por melhores sistemas de aviso”, disse um usuário. Outros destacam que autoridades locais, incluindo em Kerr County, já há anos alertavam para o risco de enchentes, mas as ações eram insuficientes. Além disso, há quem critique a postura de líderes estaduais e federais em meio à crise, com um internauta sugerindo que é hora de Texas “se unir como comunidade”.
Questionamentos também circundam o tema das mudanças climáticas. Um comentário afirma que “clima não existe”, reforçando a postura de alguns condados rurais, tradicionalmente contrários às políticas de combate ao aquecimento global. A discussão, contudo, reforça a urgência de medidas eficazes para proteger áreas vulneráveis e salvar vidas.
O que espera-se daqui para frente?
Especialistas chamam atenção para a necessidade de fortalecer os sistemas de previsão e evacuação. A expectativa é que o governo local e federal reforcem campanhas de alerta e infraestrutura de drenagem. Ainda, o debate sobre o papel do governo na prevenção de desastres naturais, sobretudo diante das mudanças climáticas, ganha cada vez mais força entre a população e os profissionais do setor.
