Brasil, 10 de julho de 2025
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Vendas do comércio brasileiro recuam 4,2% em junho

Indicadores confirmam desaceleração no setor varejista, com queda de 4,2% nas vendas em junho, aponta pesquisa da Stone.

As vendas do comércio brasileiro registraram uma queda de 4,2% em junho, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). Na comparação com o mesmo mês de 2024, o recuo foi de 4,6%. Os dados apontam uma possível desaceleração do setor, evidenciada também pelo desempenho do comércio digital, que caiu 4,5% no mês.

Sinal de desaceleração no setor varejista

De acordo com estudo mensal realizado pela Stone, o primeiro semestre de 2025 apresentou uma leve queda de 0,5% no volume de vendas em comparação ao segundo semestre de 2024. Além disso, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, mostrou que em maio houve a segunda queda consecutiva, de 0,2%, evidenciando sinais de perda de fôlego na economia brasileira.

Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone, afirma que “os números já indicam uma possível desaceleração do mercado de trabalho, embora haja melhora no desemprego e na criação de empregos formais, o consumo das famílias permanece pressionado pelo alto endividamento”.

Impacto por perfil de consumo e setor

Os setores mais dependentes de renda e crédito tiveram desempenho negativo em junho, com quedas de 3,7% e 3,9%, respectivamente. Na análise anual, esses recuos foram de 3,4% e 5%. Os segmentos ligados ao consumo recorrente, como hipermercados e supermercados, também apresentaram retração de 3,7%, enquanto os setores com maior dependência de crédito, como móveis e eletrodomésticos, registraram queda de 8,7%.

No varejo digital, a retração foi mais acentuada, com uma queda de 10,6% em relação a junho de 2024, enquanto o comércio físico recuou 4%. Todos os oito setores analisados sofreram retrações, destacando-se móveis e eletrodomésticos, material de construção e artigos de uso pessoal e doméstico.

Desempenho regional e setorial

Entre os estados, apenas quatro apresentaram crescimento anual nas vendas: Amapá (+4,5%), Tocantins (+3,8%), Roraima (+3,7%) e Pernambuco (+0,4%). Já o Rio Grande do Sul liderou as quedas, com uma diminuição de 14%, influenciada pelas enchentes históricas. Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Alagoas, Maranhão, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro também tiveram altas de vendas negativas, entre 4% e 7%.

Segundo análise da reportagem do O Globo, os sinais de desaceleração reforçam que o Brasil vive um momento de perda de ritmo econômico, com impacto direto no consumo e na recuperação do setor.

Para acompanhar a tendência, economistas ressaltam a importância de observar os próximos meses, pois o cenário atual sugere um desaquecimento mais pronunciado do setor de varejo até o final do ano.

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