Brasil, 10 de julho de 2025
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Traficante “Gorila” é preso em motel no Rio de Janeiro

No último domingo, uma ação policial resultou na prisão de Carlos Eduardo Santos da Silva, conhecido pelo apelido de “Gorila”, um dos líderes do tráfico de drogas na Região Serrana do Rio de Janeiro. O criminoso foi detido em um motel na Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias, onde estava acompanhado de sua namorada. A operação da Polícia Civil visava desarticular o Comando Vermelho, organização criminosa da qual Gorila era uma das principais figuras.

A trajetória violenta de Gorila

Carlos Eduardo tinha um vasto histórico criminal, somando mais de 40 anotações por crimes graves, incluindo homicídios, tortura e tráfico de drogas. As investigações indicam que ele coordenava as atividades do Comando Vermelho na região, influenciando diretamente o tráfico que abastecia municípios como Além Paraíba e Teófilo Otoni, em Minas Gerais. O g1 apurou que, por meio de escuta telefônica, foi possível captar ordens dadas por Gorila para torturar moradores e disparar contra forças de segurança que tentavam entrar nas comunidades controladas pela facção.

A presença de Gorila na região era tanto uma fonte de temor para a população quanto um exemplo da disseminação de violência e criminalidade no estado. Estima-se que, durante disputas territoriais controladas por ele, mais de 30 pessoas tenham perdido a vida. Este cenário alarmante demonstra a complexidade do combate ao tráfico de drogas e a necessidade de ações integradas por parte das forças de segurança.

Operação e prisões

A prisão de Gorila foi realizada durante uma operação na comunidade da Mangueirinha. Ao ser encontrado na suíte de luxo do motel, que contava até com piscina, a polícia apreendeu com ele joias, um celular e relógios de luxo, sendo que uma das joias trazia a inscrição “Lealdade, Gorilão”. Além de Gorila, outros dois homens também foram capturados. Lucas da Silva Ribeiro, apontado como gerente do tráfico na região, e Sandro Wallace, que tinha um mandado de prisão em aberto.

Conexões de tráfico e homicídios

Além de suas atividades no tráfico, Carlos Eduardo é acusado de ser o mandante de um duplo homicídio em 2025. Alan Douglas Charles da Silva e Ana Quécia Souza Pereira, foram assassinados em um ponto de ônibus em um ataque que, segundo as autoridades, foi ordenado tanto por Gorila quanto por seu comparsa, conhecido como 2A. Esse caso é um reflexo da incessante violência que permeia as disputas entre facções no estado do Rio de Janeiro.

O papel da Polícia Civil e o combate ao tráfico

A prisão de Carlos Eduardo é considerada um avanço significativo nas operações de combate ao tráfico de drogas na Região Serrana do Rio de Janeiro. A 110ª DP, que liderou a investigação, tem reforçado ações para desmantelar células do tráfico e punir os responsáveis por atos criminosos que afetam diretamente a segurança e a qualidade de vida da população. As autoridades destacam a importância de continuar o trabalho investigativo e operacional para interromper o ciclo de violência perpetuado por traficantes.

A prisão de Gorila também reitera a necessidade de estratégias de combate à criminalidade, que envolvem desde a repressão às organizações criminosas até programas sociais que possam oferecer alternativas à juventude, afastando-os do caminho do crime. Enquanto isso, a tensão continua nas comunidades dominadas por facções, onde a luta pelo controle do tráfico ainda causa pânico e insegurança.

A detenção de figuras proeminentes como “Gorila” é um passo crucial para a restauração da ordem pública e para a segurança dos cidadãos nas áreas afetadas pelo tráfico. A continuidade dessas operações será vital para reduzir a influência de organizações criminosas e restaurar a confiança da população nas instâncias de segurança pública.

As autoridades afirmam que a luta contra o tráfico de drogas e a violência é um desafio constante, mas essencial para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. A prisão de líderes do tráfico é um sinal de que as forças de segurança estão atentas e dispostas a agir, mesmo diante da complexidade e dos riscos envolvidos.

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