Nesta quinta-feira (10), a imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos pelo governo de Donald Trump provocou forte volatilidade no mercado financeiro brasileiro. Apesar da alta inicial, as turbulências foram diluídas ao longo do dia, com o dólar e a bolsa fechando próximos dos níveis de ontem.
Mercado financeiro reage à tarifa de Trump
O dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 5,543, um aumento de R$ 0,039 (+0,72%), após atingir R$ 5,61 nos primeiros minutos de negociação, mas desacelerar na sequência. A moeda norte-americana atingiu a sua maior cotação desde 25 de junho, quando fechou a R$ 5,55. Na semana, o dólar acumula ganho de 2,22% e, em 2025, uma redução de 10,3%.
Volatilidade na bolsa de valores
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 136.743 pontos, recuando 0,54%. Ainda que tenha chegado a cair 1,07% às 10h30, o indicador conseguiu recuperar parte das perdas e atingiu os 137 mil pontos na metade da manhã. Entretanto, o mercado apresentou sinais de instabilidade, atingindo o menor patamar desde 25 de junho.
Impacto concentrado em setores exportadores
Apesar do movimento de baixa, a queda não foi uniforme entre todas as ações. As perdas concentraram-se em empresas que exportam para os Estados Unidos, especialmente no setor industrial. As ações da Embraer, fabricante de aviões, que chegaram a cair até 7% pela manhã, fecharam o dia aos R$ 75,32, com uma queda de 3,7%.
Perspectivas futuras e análises
Especialistas avaliam que a reação do mercado reflete a preocupação com o aumento de tarifas e suas possíveis consequências para as exportações brasileiras. A forte volatilidade demonstra o risco de uma escalada protecionista que pode afetar a economia local e as relações comerciais internacionais.
*Com informações da Reuters