O caso envolvendo Elizabete Arrabaça, acusada de envenenar sua nora e que levanta questões sombrias sobre a dinâmica familiar, continua a atrair a atenção das autoridades e da população em Ribeirão Preto. Nesta quinta-feira, 10 de julho, o Instituto Médico Legal (IML) inicia a exumação da cachorra Babi, que pode ter sido vítima do mesmo crime que ceifou a vida de sua dona, Nathália Garnica. Essa investigação arrasta um enredo trágico que envolve morte e suspeitas de envenenamento familiar.
O contexto do crime
A cachorra Babi foi enterrada no quintal da casa dos pais de Larissa Rodrigues, a nora de Elizabete, que também foi encontrada morta. Os investigadores descobriram que Larissa faleceu devido a envenenamento por chumbinho, e a morte de Nathália, que ocorreu apenas 15 dias depois, também foi confirmada como homicídio por veneno. A exumação de Babi representa uma nova esperança na busca por respostas em um caso envolto em mistério e horror.
Exumação e suas implicações
O delegado Fernando Bravo, que lidera a investigação, afirmou que a exumação possibilitará a realização de exames toxicológicos, essenciais para esclarecer se a cachorra também foi envenenada. “Vai ter de desenterrar a cachorra, os restos mortais dela serão lacrados e encaminhados para o exame toxicológico”, explicou Bravo. A importância dessa análise se torna evidente ao considerarmos que a possibilidade de encontrar vestígios de veneno nos órgãos de Babi pode ser crucial para a investigação.
Desafios da exumação
Márcio de Barros Bandarra, coordenador do IML Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, comentou sobre os desafios enfrentados durante a exumação. Mesmo após 15 dias, é possível coletar elementos importantes devido à situação em que o animal foi enterrado. Ele destacou a importância do material em que Babi foi colocada — uma caixa de papelão — que, se mantiver suas condições, pode facilitar a preservação dos órgãos.
Crimes e acusações na família Garnica
Elizabete Arrabaça e seu filho, o médico Luiz Garnica, foram presos sob suspeita de feminicídio, acusados de matarem Larissa Rodrigues usando veneno. O Ministério Público descreve que a motivação era financeira, ligada a um relacionamento extraconjugal de Luiz e questões patrimoniais. Ambos negam as acusações, mas as evidências contra eles começam a se acumular.
Desdobramentos do caso
As investigações sobre the casos de Larissa e Nathália revelam uma trama trágica e complexa. Nathália, que também foi considerada uma vítima de envenenamento, tinha uma relação próxima com a mãe, que, segundo a polícia, se tornou a última pessoa a estar na companhia delas antes de suas mortes. A exumação de Babi pode abrir novas avenidas de investigação, ligando os eventos mais de perto aos crimes imputados a Elizabete.
O que a comunidade pensa
O caso gerou comoção e revolta entre os cidadãos de Ribeirão Preto. Muitas pessoas se reuniram em apoio às vítimas, com expectativas depositadas na Justiça para que os responsáveis paquem por seus crimes. As redes sociais fervilham com expressões de apoio e indignação, refletindo uma comunidade unida na busca por justiça.
Perspectivas futuras
Com a exumação de Babi marcada para ocorrer nesta quinta-feira, os resultados dos exames toxicológicos podem não apenas proporcionar esclarecimento quanto ao estado do animal, mas também multiplicar as implicações legais para Elizabete e Luiz, já acusados de crimes hediondos. À medida que os detalhes desse caso continuam a se desenrolar, todos os olhares estão voltados para os desdobramentos que se seguirão.
Um caso que iniciou como um mistério agora se transforma em um engodo familiar, onde a confiança e os laços de sangue são quebrados em meio a acusações sérias. O que virá a seguir no processo judicial será crucial tanto para a resolução desse trágico enredo quanto para a resposta da sociedade em relação a crimes tão profundamente enraizados nas relações familiares.