Brasil, 16 de julho de 2025
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Rubio enfrenta desafio ao equilibrar interesses na Ásia

Secretário de Estado dos EUA busca reforçar alianças na Ásia-Pacífico enquanto navega por tensões causadas por tarifas do governo Trump

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, está em sua primeira viagem oficial à Ásia para participar da conferência anual da ASEAN em Kuala Lumpur, Malásia. O objetivo é reafirmar o compromisso dos EUA com uma região Indo-Pacífico livre, aberta e segura, em meio a um cenário de tensões econômicas e políticas provocadas pelas tarifas protecionistas do governo Trump.

Desafios econômicos e diplomáticos na região

Apesar do foco em segurança e cooperação, a visita ocorre em meio a uma rodada de tarifas elevadas anunciadas por Trump, que afetaram parceiros importantes como Japão, Coreia do Sul, Filipinas, além de outros países da ASEAN. Na semana anterior, Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos do Japão e Coreia do Sul, além de tarifas de 20% para Filipinas e outros integrantes da ASEAN, com efeito a partir de 1º de agosto.

Essas medidas de retaliação têm causado preocupação na região, onde a estabilidade econômica e política se mostra frágil. O primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, destacou na abertura do encontro que o mundo vive uma fase de desestruturação do sistema global, com tarifas e restrições sendo usados como instrumentos de rivalidade geopolítica.

Equilíbrio entre alianças de segurança e interesses econômicos

Apesar das tensões, os EUA busca reafirmar seu compromisso com a segurança dos países do Sudeste Asiático. Em janeiro, Rubio reforçou a aliança com as Filipinas sob o Tratado de Defesa Mútua e dialogou com representantes do Vietnã sobre a postura agressiva da China no Mar do Sul da China. Os EUA também realizaram exercícios navais conjuntos com a Filipinas e mantêm presença do USS George Washington na região.

Desafios para a diplomacia americana na região

Analistas avaliam que a tarefa de Rubio é complexa. Enquanto tenta manter as parcerias estratégicas, precisa equilibrar as ações de um governo americano que adota uma política protecionista e, por vezes, unilaterial. O que está em jogo é a preservação do peso diplomático dos EUA na Ásia, frente às ações de outras potências como China e Rússia.

Perspectivas para a região

Especialistas apontam que a postura dos EUA na Ásia continuará desafiada por uma ordem mundial em fragmentação. Segundo fontes diplomáticas, o encontro de Rubio com representantes da ASEAN serve para sinalizar que, apesar das dificuldades econômicas, o compromisso com a segurança e a estabilidade mantém-se como prioridade.

O resultado das negociações e os próximos passos ainda serão observados com atenção pelos analistas, já que os efeitos das tarifas e a dinâmica regional podem redefinir alianças e estratégias no Indo-Pacífico nos próximos meses.

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