Brasil, 16 de julho de 2025
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Reforma tributária e cortes na saúde: consequências prejudiciais para os EUA

House Republicans aprovaram lei que corta impostos e reduz financiamento de programas sociais, prejuízos para saúde e economia são evidentes

Nesta quinta-feira (25), o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma ampla reforma fiscal sob liderança republicana, enviando a legislação ao presidente Donald Trump para assinatura. A nova lei elimina expansões sociais e aumenta o endividamento, ameaçando serviços essenciais e agravando desigualdades.

Política fiscal e impacto na saúde

O projeto de lei elimina aumentos recentes no financiamento do sistema de saúde, incluindo cortes de mais de 1 trilhão de dólares em programas como Medicaid. Assim, hospitais rurais e comunidades vulneráveis enfrentarão dificuldades, alertam especialistas. Segundo o CBO (Congresso Budget Office), a medida pode resultar na perda de cobertura de milhões de americanos.

“O bill reverte avanços importantes na proteção social, prejudicando quem mais precisa”, afirmou a representante democrata Linda Thomas-Greenfield. A legislação também estabeleceu novas exigências de trabalho para beneficiários de Medicaid, as quais, segundo estudiosos, terão pouca eficácia em gerar empregos e mais impacto na exclusão de assistência médica.

Reduções fiscais para os mais ricos e aumento da dívida

Com custos estimados em 4,5 trilhões de dólares, o projeto favorece elite financeira e aumenta o déficit do orçamento federal. Mesmo com alertas de especialistas de que o aumento da dívida poderá comprometer o crescimento econômico, republicanos argumentam que os cortes estimularão a economia, apoiando-se em previsões de crescimento pouco realistas.

“Fazer cortes drásticos sem medidas de compensação é irresponsável”, criticou o democrata Hakeem Jeffries, durante um discurso de quase nove horas na Câmara. “Este projeto é uma traição aos princípios de solidariedade e responsabilidade fiscal que deveriam nortear o país.”

Medidas severas contra imigração e deslocamento de recursos

Os fundos destinados à política de imigração são um dos pontos mais polêmicos, com mais de 150 bilhões de dólares alocados para operações de deportação, criação de centros de detenção e aumento do efetivo do ICE (Imigração e Alfândega). Críticos, como Alexandria Ocasio-Cortez, alertam que a expansão dessas ações representa uma transformação de agências civis em forças paramilitares.

“Transformar o ICE em uma força militar é uma ameaça à democracia e aos direitos civis”, afirmou a congressista.

Reação e perspectivas futuras

O líder democrata Hakeem Jeffries considera que o projeto representa um ataque às políticas de saúde pública e uma afronta à justiça social, enquanto os republicanos defendem as ações como essenciais para estimular a economia. O Senado ainda precisa votar na proposta, que encontra oposição de alguns partidos e segmentos da sociedade civil.

Especialistas alertam que os efeitos desse pacote serão sentidos por anos, aprofundando desigualdades e comprometendo recursos necessários ao bem-estar social. Analistas também manifestam preocupações quanto ao aumento do endividamento, que poderá gerar instabilidade econômica.

O governo promete fazer ajustes se necessário, mas o impacto nas políticas públicas e na estabilidade financeira dos americanos permanece uma incógnita. A luta pelo controle da agenda fiscal dos EUA está apenas começando.

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