Na terça-feira, durante uma coletiva de imprensa, Brooke Rollins, secretária de Agricultura dos Estados Unidos, sugeriu que a administração Trump poderia substituir trabalhadores migrantes por pessoas que recebem benefícios de Medicaid, em uma tentativa de manter a força de trabalho no setor agrícola.
Controvérsia em torno da proposta de Rollins
Ao defender sua posição, Rollins afirmou que “não haverá anistia” para trabalhadores agrícolas não autorizados, reforçando a continuidade da política de deportações em larga escala. No entanto, ela também indicou que a estratégia para preencher as vagas no campo envolveria o uso de beneficiários de Medicaid, algo que gerou forte reação na opinião pública e especialistas.
Segundo relatórios, o número de adultos capazes de trabalhar na agricultura a partir de beneficiários de Medicaid é significativamente menor do que os 34 milhões de pessoas citados por Rollins, pois a estimativa inclui pais e pessoas que já estão empregadas em outros setores. Uma análise do People’s Policy Project aponta que muitos desses beneficiários possuem limitações que dificultam a contribuição direta na força de trabalho.
Preocupações sobre impacto na segurança alimentar
Especialistas alertam que a substituição por uma força de trabalho pouco qualificada e potencialmente incapaz de atender às demandas agrícolas pode comprometer a produção de alimentos nos Estados Unidos. Além disso, há temores de que essa estratégia possa ampliar a instabilidade no setor, afetando alimentos disponíveis para o público.
Reações e críticas à proposta
A iniciativa de Rollins foi rapidamente criticada por grupos de defesa dos direitos dos imigrantes, sindicatos e organizações agrícolas. Críticos argumentam que a medida pode aumentar a precariedade dos trabalhadores e a vulnerabilidade do setor agrícola a crises.
Perspectivas futuras e implicações
Apesar da controvérsia, a estratégia de usar beneficiários de Medicaid na agricultura reflete uma tentativa de explorar recursos existentes, mesmo que de forma controversa. Especialistas alertam que essa abordagem pode criar mais instabilidade e insegurança no setor agrícola dos EUA.
Por enquanto, a administração Trump não confirmou detalhes adicionais sobre a implementação dessa política, mas a proposta já provoca debates acalorados em toda a mídia e comunidades envolvidas.