Brasil, 10 de julho de 2025
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Reações de governadores brasileiros sobre nouvelles tarifas de Trump

Governadores expressam descontentamento e críticas às tarifas impostas por Trump, refletindo tensões políticas no Brasil.

Recentemente, o governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou novas tarifas sobre produtos brasileiros, o que provocou uma onda de reações entre políticos e governadores brasileiros. O tema traz à tona a polêmica sobre relações diplomáticas e a postura do Brasil frente a questões econômicas globais. Os comentários variam, com alguns políticos adotando uma postura crítica em relação à administração atual e outros enfatizando temas de crescimento econômico.

Críticas ao governo Lula

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, líder do partido Republicanos, não hesitou em criticar a administração de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o petista “colocou sua ideologia acima da economia”. Em virtude da crise econômica gerada pela nova tariffa, Tarcísio ressaltou que outros países tentaram negociar com o governo americano e que a “responsabilidade é de quem governa”, chamando a atenção para a necessidade de um maior pragmatismo político.

Outro governador, Romeu Zema, do estado de Minas Gerais e do partido Novo, também fez comentários afiados. Ele criticou Lula utilizando um discurso bolsonarista, mencionando que “os brasileiros vão pagar a conta” das políticas do atual governo e atacou as retaliações que considera ser meras “provocações baratas” pelas quais ele acredita que o presidente brasileiro está diante do STF (Supremo Tribunal Federal).

Referências a regimes autoritários

Ronaldo Caiado, o governador de Goiás pelo Novo, fez uma comparação ousada entre o governo Lula e o regime do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Segundo Caiado, Lula utiliza de maneira “gratuita” sua postura para afrontar o governo americano e, ainda, tenta se aliar a “verdadeiras tiranias sustentadas pelo ódio, corrupção e terrorismo”. Este tipo de retórica reflete a polarização política que caracteriza o atual cenário brasileiro.

A postura de Ratinho Júnior

Diferentemente dos outros governadores, Ratinho Júnior, do Paraná, não abordou as novas tarifas em suas redes sociais. Em contrapartida, enfatizou resultados positivos em economia, como o crescimento na geração de empregos e a melhora nas contas de energia para mais de 300 mil famílias em seu estado. Esse posicionamento mais otimista poderá, no longo prazo, dialogar com a população de uma forma mais construtiva frente à crise atual.

A resposta de Lula e a Lei da Reciprocidade

Em resposta às críticas e à nova situação gerada pelas tarifas impostas por Trump, o presidente Lula optou por um caminho defensivo. Ele anunciou a aplicação da “Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica”, legislação que pode resultar em sobretaxação de produtos americanos em igual percentual às tarifas impostas. Esta lei, sancionada em abril, foi formulada devido ao protecionismo observado na política comercial de Trump, reafirmando a defesa dos interesses econômicos do Brasil.

Lula ainda argumentou que a medida é uma resposta direta ao que considera ser uma “caça às bruxas” por parte da Justiça brasileira contra os apoiadores de Bolsonaro, questionando as ações dos EUA relativas à liberdade de expressão e ao tratamento dado às big techs. A carta que Trump enviou ao presidente brasileiro, descrevendo suas ações e a necessidade de um comércio mais equilibrado, também exacerbou os laços tensos entre os dois países. Essa questão, até então, não tinha atingido um patamar tão elevado de tensão na gestão petista.

Conforme as reações se intensificam entre os líderes estaduais, a situação permanece em um ponto de ebulição, refletindo não apenas as disputas políticas internas, mas também a complexidade das relações exteriores do Brasil. O desfecho dessa crise vai depender não somente de acordos comerciais, mas também da habilidade do governo atual em dialogar e negociar com diferentes setores, tanto domésticos quanto internacionais.

A administração de Lula, portanto, enfrenta um momento crítico e precisa navegar entre as críticas locais e a pressão imposta por mudanças no cenário global. As próximas semanas serão cruciais para determinar as respostas políticas e econômicas que o Brasil irá adotar frente a este desafio apresentado por Trump e suas medidas protecionistas.

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