Os preços do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (10), influenciados pelos novos anúncios tarifários feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que despertaram receios de uma possível redução na demanda mundial pelo produto. A antecipação de tarifas adicionais afetou negativamente o mercado e contribuiu para o recuo dos preços do barril.
Tarifas de Donald Trump impactam o mercado de petróleo
O presidente americano enviou cartas a cerca de 20 países, comunicando a implementação de taxas adicionais a partir de agosto, incluindo uma tarifa de 50% ao Brasil para o cobre, além de tarifas ao aço e outros produtos. Segundo John Kilduff, da Again Capital, “o que pesa neste mercado é a renovação das tarifas alfandegárias anunciadas por Trump”, que reforçam os temores de redução na demanda global por petróleo.
Queda nos preços do petróleo nesta semana
Na abertura desta semana, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro passou a cotar-se a US$ 68,64, uma queda de 2,51%, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), de referência nos EUA, recuou 2,65%, fechando a US$ 66,57, para entrega em agosto.
Reservas de petróleo nos Estados Unidos aumentam e preocupam mercado
Além das tarifas, o mercado petroleiro também foi influenciado pelo aumento inesperado das reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos. Segundo dados da Agência de Informação de Energia (EIA), as reservas cresceram em 7,1 milhões de barris na semana encerrada em 4 de julho, contrariando a expectativa de redução de aproximadamente 1,6 milhão de barris, conforme o consenso da Bloomberg.
Oferta crescente e perspectivas de preços
Outro fator que pressionou o mercado foi o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de um aumento na produção, o que levou analistas a preverem estabilidade ou queda nos preços do barril. Questionados, os operadores demonstraram preocupação com a durabilidade dessa tendência de baixa nos preços do petróleo, impactada também pelo aumento na oferta mundial.
O mercado permanece atento às possíveis consequências dessas decisões, especialmente considerando o impacto na economia global e na cadeia produtiva de setores dependentes de commodities, como transporte e indústria eletrônica.
Mais detalhes podem ser conferidos na reportagem completa no O Globo.
