Conceituar R$1 bilhão é desafiador: para Elon Musk, gastar essa quantia equivale a um americano comum gastar apenas R$300. Com esse valor, seria possível pagar anos de aluguel em diversas cidades e ainda sobraria dinheiro. Enquanto isso, atualmente, há 902 bilionários nos Estados Unidos, um contraste enorme com a maioria da população, de acordo com a Forbes.
Como R$1 bilhão se relaciona com o dia a dia das pessoas
Se você gastasse R$1.635 por mês — média de aluguel nos EUA — esse dinheiro duraria quase 51 mil anos. Em Nova York, onde o aluguel médio é R$4.019, até aí, a quantia alcança mais de 20 mil anos de moradia. Além disso, com R$1 bilhão, seria possível comprar 671 milhões de burritos da Taco Bell ou acabar com a pobreza em alguns estados americanos, sobrando milhões para caridade.
Para os apaixonados por moda, daria para comprar quase 79 mil bolsas Birkin ou adquirir milhões de pares de tênis Nike, suficientes para todos os moradores da Irlanda e Nova Zelândia. Se a vontade for por eventos de luxo, daria para repetir o casamento de Jeff Bezos com US$50 milhões — umas 5 vezes por semana, durante quase cinco meses.
Luxos e extravagâncias acessíveis com R$1 bilhão
Celebridades e entretenimento
Um show privê de Beyoncé, que custa cerca de US$24 milhões, poderia ser feito 41 vezes, sobrando ainda dinheiro. Bruno Mars, com show por US$3,2 milhões, poderia se apresentar 312 vezes, dando uma apresentação por mês por mais de duas décadas. Já os carros de luxo, como o Porsche 718 Boxster, poderiam ser adquiridos em quantidade suficiente para distribuir a amigos e residentes de países como o Vaticano.
Cost e cultura
Alguém que quisesse, com R$1 bilhão, poderia refazer todas as seis temporadas finais de Game of Thrones, que custaram cerca de US$15 milhões cada, até 11 vezes, e ainda sobraria para mais. Para quem deseja ajudar a saúde, pagar o pré-natal de 52 mil recém-nascidos nos EUA — aproximadamente o número de habitantes de Groenlândia — é uma possibilidade concreta.
Questões sociais e éticas
Com a disparidade entre a quantidade de bilionários e os milhões vivendo na pobreza, a questão central é: por que esses indivíduos acumulam tamanha riqueza enquanto grande parte da população luta por sobrevivência? Segundo estudos, 34% dos americanos vivem com o salário mensal, enquanto poucos possuem patrimônios que poderiam mudar o mundo.
A discussão sobre a existência de bilionários vai além de cálculos financeiros: trata-se de uma reflexão sobre justiça social, desigualdade econômica e o papel da riqueza na sociedade moderna. Afinal, enquanto uma pessoa consegue comprar uma pequena ilha, milhões enfrentam dificuldades diárias, incluindo acesso à saúde, educação e moradia.
Pensando o futuro
Se a balança da justiça fosse equilibrada, talvez bilionários não precisassem existir. Como sociedade, é fundamental discutir até que ponto a concentração de riqueza é ética e como políticas públicas podem promover maior equidade.
Transformar essa discussão em ações concretas pode ser o próximo passo para uma sociedade mais justa, na qual recursos significativos sejam utilizados para reduzir desigualdades e promover o bem comum.