Em uma mensagem profunda e inspiradora para o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa Leão XIV trouxe à luz a importância da esperança na velhice, enfatizando o legado de fé e amor deixado pelos avós. A mensagem, intitulada “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”, ressalta que os idosos são portadores de uma rica sabedoria, adquirida ao longo de suas vidas, e que sua história deve ser celebrada e respeitada.
A esperança como fonte de alegria
Divulgada na última quinta-feira (10/07), a mensagem começa refletindo sobre o Jubileu em que estamos vivendo, que convida à renovação da esperança. O Papa destaca que essa virtude é uma fonte perpétua de alegria para todas as idades, especialmente quando é forjada nas experiências de uma longa vida. “A esperança, quando testada, transforma-se em bem-aventurança”, afirma o Pontífice, destacando a necessidade de valorizarmos aqueles que, através de suas vivências, nos ensinam sobre a fé e a devoção.
Os idosos como testemunhas da esperança
O Papa menciona figuras bíblicas como Abraão, Sara e Moisés, que, mesmo em suas idades avançadas, foram instrumentos nas mãos de Deus e modelos de fé. Ao lembrar dessas histórias, Leão XIV enfatiza que, na perspectiva divina, a velhice não é um fardo, mas um tempo de bênção e graça. “Os idosos são as primeiras testemunhas da esperança”, declara, adicionando que o relacionamento entre as gerações é crucial para a compreensão da história e da continuidade da vida na Igreja e na sociedade.
Uma revolução de gratidão e cuidado
O Papa convoca todos a se tornarem agentes de uma “revolução” que promova a gratidão e o cuidado pelos idosos. Ele menciona que o Jubileu sempre representou um tempo de restauração e libertação, e essa é uma oportunidade de libertar os idosos da solidão e do abandono, que são frequentemente o resultado da marginalização social. Leão XIV apela para que paróquias e comunidades se unam para criar redes de apoio, visitas frequentes e um ambiente de oração que atenda a essa população tão rica em histórias e ensinamentos.
“Visitar um idoso é um modo de encontrar Jesus, que nos liberta da indiferença”, escreve o Papa, enfatizando a importância de cultivar relações que possam proporcionar dignidade e esperança aos que se sentem esquecidos. Essa mensagem é um forte apelo à sociedade, que muitas vezes passa por cima das necessidades emocionais e espirituais dos mais velhos.
Manter a esperança na velhice
Segundo o Santo Padre, é vital que os idosos não percam a esperança, mesmo diante das adversidades que a vida pode apresentar. Ele faz referência ao Livro do Eclesiástico para reforçar que a bem-aventurança é destinada àqueles que mantêm a esperança, mesmo quando os desafios parecem pesados. Durante sua internação no Hospital Gemelli, o Papa lembrou que, embora o físico possa se debilitar com a idade, o amor e a fé permanecem eternos.
“Todos podemos amar e rezar, sempre”, afirma o Pontífice, reconhecendo que o carinho de filhos e netos é uma fonte renovadora de energia e esperança. Essa união familiar deve ser cultivada, e o Papa encoraja os idosos a perseverarem em seus atos de fé e generosidade, mantendo abertas as portas do coração para quem está à sua volta.
Ao final da mensagem, Leão XIV finaliza com um convite: “Sejamos sinais de esperança em todas as idades”. Em vista do V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa reforça a importância de criar laços entre as gerações e de cultivar um ambiente onde o amor, o respeito e a esperança possam florescer por meio de ações concretas de solidariedade e cuidado.
Essa mensagem toca não apenas o coração dos que vivenciam a velha guarda, mas também de toda a sociedade, convocando todos a refletirem sobre o papel da velhice nas comunidades e a necessidade de um cuidado mais profundo com aqueles que nos precederam na jornada da vida.
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