Brasil, 16 de julho de 2025
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Lula sugere reeleição em 2026 e critica Tarcísio de Freitas

O presidente Lula afirmou que pode se candidatar novamente em 2026 para evitar o retorno da extrema direita ao poder.

Nesta quinta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que está em melhor forma física do que aos 60 anos e que está aberto à possibilidade de concorrer à reeleição em 2026, caso necessário para impedir o retorno da extrema direita ao poder. Durante uma entrevista à TV Record, Lula enviou um recado direto ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que já se manifestou como aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A crítica de Lula a Tarcísio

Lula não hesitou em criticar Tarcísio, mencionando seu uso de um boné de campanha de Donald Trump, que traz o slogan “Make Brazil Great Again”. O presidente afirmou: “Se eu vou ser candidato ou não é outros 500. Agora, os loucos que governaram esse país não voltam mais. O seu Tarcísio pode tirar, não vale tentar esconder o chapeuzinho do Trump não, Tarcísio. Pode ficar mostrando pra gente saber quem você é. Está cheio de lobo com pele de carneiro.”

O ex-presidente sinalizou que sua decisão sobre a candidatura não é definitiva, mas reforçou que está disposto a agir em prol do país, caso entenda que sua presença na disputa é essencial. “Se for necessário ser candidato para evitar isso [o retorno da direita], estarei candidato”, declarou Lula, enfatizando sua preocupação com a situação política atual.

Conflito político e econômico com os EUA

O recente aumento da tensão entre o Brasil e os Estados Unidos culminou na convocação do encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, pelo governo brasileiro. O Itamaraty expressou preocupação com a nova política tarifária imposta por Trump e considerou a carta enviada a Lula “ofensiva” e repleta de “inverdades”.

Tarcísio de Freitas, por sua vez, aproveitou a ocasião para criticar o governo federal, alegando que Lula “colocou sua ideologia acima da economia”. O governador afirmou que o atual governo não deve se esconder atrás do ex-presidente Bolsonaro e que a responsabilidade pela condução das relações com os Estados Unidos é de quem governa atualmente.

“Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação”, afirmou Tarcísio em suas redes sociais.

A resposta de Lula às tarifas norte-americanas

Reagindo à medida unida dos EUA, Lula deixou claro que qualquer elevação de tarifas de forma unilateral será tratada com rigor. Ele mencionou que o Brasil possui a Lei de Reciprocidade Econômica, que permite ao país aplicar contramedidas a ações comerciais hostis de outras nações.

Lula destacou a necessidade de negociação e afirmou: “Primeiro, do ponto de vista diplomático, tem várias medidas a serem tomadas. Nós podemos recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) e enviar investigações a outros países pedindo coerência dos Estados Unidos. Mas o que mais vai valer é o seguinte: nós temos a Lei da Reciprocidade, que foi aprovada no Congresso Nacional. E não tenha dúvida. Primeiro, vamos tentar negociar, mas se não houver negociação, a Lei da Reciprocidade será colocada em prática. Se eles vão cobrar 50% de nós, nós vamos cobrar 50% deles.”

As perspectivas políticas futuras

A declaração de Lula sobre sua possível candidatura em 2026 se junta a um cenário político cada vez mais polarizado no Brasil. As tensões entre o governo e os opositores não parecem dar sinais de diminuição, especialmente com as próximas eleições se aproximando. A defesa de Lula pela manutenção de uma agenda progressista e o combate ao retorno de ideais de extrema direita serão pontos centrais em sua estratégia, independentemente de sua decisão final sobre a candidatura.

O cenário político brasileiro, marcado por divisões acentuadas e disputas de ideologias, leva a questões emergentes sobre quais alianças e estratégias serão formadas nas próximas eleições. Assim, a posição de Lula e suas declarações devem ser acompanhadas de perto pelos eleitores e analistas políticos.

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