Brasil, 11 de julho de 2025
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Lula destaca a importância da diplomacia para enfrentar desafios globais

O presidente Lula defende a diplomacia e o multilateralismo para superar crises globais, destacando a urgência de ações coletivas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um artigo publicado nesta quinta-feira (10) em diversas publicações internacionais, reforçou a relevância da diplomacia, cooperação e multilateralismo para lidar com os desafios contemporâneos enfrentados pelo mundo. Em uma análise crítica, Lula destacou que a prevalência da “lei do mais forte” está ameaçando o sistema de comércio multilateral.

Ações unilaterais e suas consequências

Embora não tenha mencionado diretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente anunciou a taxação de 50% nas exportações de produtos brasileiros, Lula alertou que a adoção de tarifas abrangentes leva a economia global a uma “espiral de preços altos e estagnação”. Segundo o presidente, a Organização Mundial do Comércio (OMC) foi enfraquecida ao longo dos anos, e o diálogo sobre desenvolvimento, exemplificado pela rodada de Doha, foi negligenciado.

“Se as organizações internacionais parecem ineficazes, é porque sua estrutura não reflete mais a realidade atual. A solução para a crise do multilateralismo não é abandoná-lo, mas reconstruí-lo em bases mais justas e inclusivas”, disse Lula.

Essa defesa por uma reorganização dos organismos internacionais como solução para os conflitos foi um ponto central em sua argumentação. O artigo foi publicado em veículos respeitados, como o inglês The Guardian, o argentino Clarín e o chinês China Daily, ampliando o alcance de sua mensagem.

Papel da ONU e crises globais

Lula ainda destacou que o ano de 2025 poderia ser uma data de celebração, marcando os 80 anos da Organização das Nações Unidas (ONU), mas que, se não houver mudanças significativas, pode ser lembrado como o ano do colapso da ordem internacional estabelecida desde 1945. Ele ressaltou que o contexto atual é muito diferente do que emergiu após a Segunda Guerra Mundial, devido ao surgimento de novas forças políticas e econômicas, que trazem novos desafios.

Entre esses desafios, Lula mencionou a crescente incapacidade da ONU em mediar conflitos, citando as intervenções no Iraque e no Afeganistão, a intervenção na Líbia e a situação da guerra na Ucrânia como indícios de uma banalização do uso da força por alguns membros permanentes do Conselho de Segurança. Essa incapacidade da organização em agir diante do genocídio em Gaza foi apontada como uma negação dos valores fundamentais da humanidade e uma contribuição para a violência crescente no Oriente Médio.

“A escolha de socorrer os ultra-ricos e as grandes corporações às custas dos cidadãos comuns e das pequenas empresas aprofundou a desigualdade”, afirmou o presidente.

Além disso, Lula criticou a resposta global à crise financeira de 2008, que, segundo ele, expôs o fracasso da globalização neoliberal sem que o mundo se dirigisse para outro caminho, permanecendo refém de um manual de austeridade que prejudica os mais lesados.

Responsabilidade climática e social

Lula também abordou a questão climática, defendendo que os países mais ricos possuem a maior responsabilidade no combate à crise ambiental, como os principais emissores de carbono. Em seu argumento, ele evidenciou que o ano de 2024 foi considerado o mais quente da história, ressaltando a urgência de ações concretas.

“As promessas de financiamento feitas na COP 15 em Copenhague nunca se concretizaram. O aumento no gasto militar da OTAN torna essa possibilidade ainda mais remota”, disse, enfatizando que as tensões nos âmbitos internacional e militar estão ofuscando o progresso em questões climáticas.

“Em tempos de crescente polarização, termos como ‘desglobalização’ se tornaram comuns. Mas é impossível ‘desplanetar’ nossa existência compartilhada”, acrescentou.

O presidente finalizou seu artigo expressando a necessidade de um mundo mais colaborativo. Ele destacou que o Brasil, na presidência do G20 e atualmente nas lideranças do Brics e da COP 30, continua a defender a colaboração entre nações, mesmo diante de desafios adversos. “É possível encontrar pontos em comum, mesmo em cenários difíceis”, concluiu.

A mensagem de Lula vai ao encontro da necessidade de uma nova era de cooperação e respeito mútuo entre os países, enfatizando a urgência de se trabalhar juntos para enfrentar desafios globais, desde crises econômicas até a urgente luta contra as mudanças climáticas.

Para mais informações, acesse a Agência Brasil.

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