Brasil, 11 de julho de 2025
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Justiça condena quatro réus por infiltração de facção criminosa na política em Araçatuba

A Justiça de Araçatuba condenou quatro homens por envolvimento em crime organizado e tráfico de drogas na política local.

No dia 3 de julho, a 2ª Vara Criminal de Araçatuba, interior de São Paulo, proferiu uma decisão sem possibilidade de recurso, que condenou quatro réus investigados em uma operação que investigou a infiltração de integrantes de facções criminosas na política local. Os condenados, acusados de fazer parte de uma organização criminosa armada e de atuar no tráfico de drogas, somaram penas que totalizam 55 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. A operação, que visou desmantelar essa conexão entre crime e política, encontra-se em destaque nas pautas do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil.

A operação “Ligações Perigosas”

A operação, batizada de “Ligações Perigosas”, foi realizada em setembro de 2024 e envolveu uma coordenação entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e as polícias Civil e Militar. A principal meta era desarticular um grupo criminoso que controlava o tráfico de drogas na região, especialmente nas proximidades do centro cívico de Araçatuba, onde uma escola municipal está situada.

De acordo com as investigações do Ministério Público, dos quatro homens condenados, dois eram considerados líderes da facção, enquanto os outros dois ocupavam posições subordinadas. As atividades ilícitas se concentraram em diferentes bairros da cidade, especialmente no bairro São José, onde a venda de entorpecentes ocorreu de forma aberta e violenta. Os réus utilizavam táticas de controle territorial, com forte presença de violência e laços diretos com membros de organizações criminosas.

A repressão ao tráfico de drogas

Durante os trabalhos da operação “Ligações Perigosas”, os policiais cumprir 35 mandados de prisão temporária e 104 ordens de busca e apreensão. Estas ordens foram expedidas pela 1ª e 2ª Varas Criminais da Comarca de Araçatuba e foram executadas em 13 cidades do estado de São Paulo e em uma cidade do Mato Grosso do Sul. Além disso, as operações se estenderam a duas unidades prisionais, onde líderes da organização continuavam a emitir ordens criminosas.

A ação mobilizou um total de 424 policiais civis e militares, juntamente com o apoio de dois helicópteros e outros agentes especializados. A força-tarefa incluiu também promotores de Justiça e servidores do Ministério Público, demonstrando a seriedade e a complexidade da operação, que visava desmantelar uma rede criminosa profundamente enraizada na região.

Política sob suspeita

A investigação e subsequente condenação dos réus ressaltam um problema que assola muitas cidades brasileiras: a infiltração do crime organizado na política local. O Ministério Público de São Paulo continua a enfatizar que a ligação entre facções criminosas e autoridades públicas pode comprometer a segurança e a integridade da governança.

Com as condenações firmadas, a perspectiva é de que haja uma repressão mais severa contra organizações criminosas que tentam se infiltrar na política, utilizando dinheiro do tráfico de drogas para influenciar eleições e outros processos políticos. O desafio, no entanto, permanece em garantir que essas ações sejam sustentáveis e que exista um acompanhamento contínuo por parte das instituições judiciais e administrativas.

O papel da sociedade

A sociedade civil também desempenha um papel fundamental nesta luta contra a criminalidade organizada. A conscientização e a participação da comunidade são essenciais para sustentar as ações contra a corrupção e a criminalidade. Iniciativas de monitoramento e denúncia de irregularidades são fundamentais para fortalecer a democracia e os direitos civis.

O caso dos quatro condenados em Araçatuba serve de alerta e exemplo para outras regiões do Brasil onde o tráfico de drogas e a criminalidade se intercalam com a política. As autoridades estão mais atentas e, a cada operação bem-sucedida, fazem um chamado para que a população se una na luta contra o crime.

Para ficar por dentro das próximas etapas desse caso e de outras notícias relacionadas, siga o canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp.

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