Durante o final de semana do 4 de julho, o Texas enfrentou enchentes devastadoras que resultaram em pelo menos 108 mortes, incluindo 30 crianças, e causaram destruição significativa, segundo fontes como CNN e BuzzFeed. Em meio à tragédia, vídeos divulgados nas redes sociais, especialmente no TikTok, mostram a intensidade das enchentes nos rios Frio e Llano, enquanto moradores e internautas questionam a eficácia das ações de alerta na região.
Vídeos mostram a velocidade da enchente no Texas
Uma compilação repostada por @kelseycrowder_ no TikTok, que soma mais de 8 milhões de visualizações, mostra o rio Frio, a cerca de 80 milhas de San Antonio, passando de um estado relativamente calmo às margens até uma enxurrada gigante em questão de meia hora. As imagens capturam a transformação da tranquila área de celebração ao caos total, com troncos de árvores sendo levados pela força da água.
Outro vídeo viral foi uma sequência de 30 segundos do rio Llano, em Kingsland, exibindo a repentina subida das águas numa sequência de time-lapse. A rápida elevação dos níveis, documentada pela CNN em seu perfil no TikTok, evidenciou a falta de avisos precoces eficazes para os moradores, o que gerou debates intensos nas redes sociais.
Críticas às falhas nos sistemas de aviso
Nas redes, muitos usuários apontaram que a falta de alertas em tempo hábil foi um fator agravante nesta tragédia. Comentários sugerem que os avisos foram mínimos ou inexistentes, algo que, segundo especialistas, estaria ligado às recentes cortes na equipe da NOAA, o órgão responsável por monitorar o tempo e emitir alertas meteorológicos.
Um internauta comentou: “Se ao menos tivéssemos um serviço meteorológico totalmente financiado e suportado, essas tragédias poderiam ser minimizadas”, refletindo o que também foi destacado por outros que criticaram o atual corte de recursos na NOAA, responsável pela previsão do tempo e gerenciamento de desastres.
Preocupações com a proteção e o futuro das enchentes
Moradores de Kerr County, uma das áreas mais atingidas, vêm alertando há anos sobre a necessidade de melhorias na capacidade de alerta e preparação da região. “Temos pedidos constantes por um sistema melhor há quase uma década”, afirmou um representante local ao Wall Street Journal, apontando que a falta de ações preventivas contribuiu para a tragédia.
Entre as discussões, também se debate a postura do governo federal, especialmente a possibilidade de cortes em entidades como FEMA, que é responsável por coordenar resposta a desastres. Algumas vozes defendem que o país precisa se unir para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, embora alguns insistam que “clima não existe”, questionando as políticas ambientais, especialmente em regiões rurais do Texas, onde o voto costuma resistir às legislações de combate ao aquecimento global.
Impasse político e a necessidade de preparação
Especialistas afirmam que os eventos recentes representam um alerta para uma maior conscientização sobre o impacto das mudanças climáticas e a importância de sistemas de aviso eficientes. “A negligência na preparação e na resposta às enchentes demonstra a urgência de investir em infraestrutura e tecnologia”, avalia a analista climática Laura Martins.
Autoridades locais e federais ainda avaliam os próximos passos em relação ao reforço na prevenção e resposta às enchentes, enquanto as famílias continuam lidando com as consequências de uma das piores temporadas de chuvas do Texas nos últimos anos. A população permanece vulnerável, reforçando a necessidade de ações mais eficazes para evitar novas tragédias.