A capital ucraniana, Kiev, tem enfrentado uma escalada preocupante na intensidade dos ataques russos, conforme relatado pelo núncio apostólico, arcebispo Visvaldas Kulbokas. Durante a noite de 9 para 10 de julho, a cidade foi alvo de um intenso bombardeio que afetou não apenas áreas civis, mas também a própria Nunciatura Apostólica, localizada no bairro de Shevchenkivskyi.
Destruição e pânico na Nunciatura Apostólica
A Nunciatura não foi poupada das hostilidades. O núncio Kulbokas relatou que, enquanto a cidade enfrentava o terror dos drones e mísseis balísticos, sua equipe ouviu de perto as explosões e sentiu os impactos da destruição. “Vi e ouvi drones sobrevoando a Nunciatura, e algumas explosões aconteceram muito próximas”, afirmou. O edifício sofreu danos no telhado e nas instalações de serviço, mas, felizmente, não houve feridos entre os presentes.
O bairro de Shevchenkivskyi, onde a Nunciatura está situada, tem sido um dos mais afetados pela onda de ataques. Segundo Kulbokas, é alarmante observar que os drones estão visando áreas civis, aumentando a preocupação sobre a segurança da população. “Os bombardeios estão se tornando mais frequentes e intensos, com a cidade sob uma constante ameaça”, disse ele.
A situação humanitária em Kiev
Com a intensificação dos ataques, a vida cotidiana dos cidadãos de Kiev se tornou ainda mais desafiadora. O núncio mencionou as dificuldades que sua equipe enfrenta para se deslocar, com as ruas obstruídas por destroços e os serviços de transporte prejudicados. “Nosso trabalho é impactado todos os dias pela incerteza e pelas dificuldades em nos locomover pela cidade”, explicou.
Além dos impactos físicos, o estresse emocional também pesa sobre todos. Depois de uma noite altamente estressante e cheia de explosões, Kulbokas reconhece que a energia durante o dia é escassa. As irmãs da Nunciatura, que também vivenciam essa situação, se reuniram para receber a visita de sua superiora geral, mas com poucas horas de sono, a atividade da Nunciatura se torna ainda mais complicada.
Paz em meio ao caos
Em meio a tanta tensão, o arcebispo encoraja orações pela paz. Ele acredita que a espiritualidade pode trazer conforto e proteção em tempos tão sombrios. “Convido todos a unirem suas orações, pedindo ao Senhor que nos conceda a paz como um dom, mesmo quando estamos cercados pela guerra e pela insegurança”, declarou Kulbokas.
A situação em Kiev é um lembrete da fragilidade da paz e do impacto devastador da guerra nas vidas das pessoas. Enquanto os ataques se intensificam, a comunidade internacional observa e reza, na esperança de que momentos de tranquilidade retornem a essa região atormentada.
A esperança persiste
Apesar dos desafios enfrentados pela equipe da Nunciatura e pela população de Kiev, o núncio reafirma sua confiança em que a oração e a solidariedade podem fazer a diferença. Ele conclui sua mensagem com um apelo à união: “Se todos nós一起 orarmos, podemos clamar pela paz e pela proteção divina sobre a Ucrânia”.
A situação em Kiev é alarmante, mas há uma força coletiva que pode superar os terrores da guerra. Em meio a estrondos e desespero, a esperança se mantém viva entre os que anseiam por um amanhã mais pacífico.