Os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (10). A inflação mensal ficou em 0,24%, dando sinais de desaceleração em relação aos meses anteriores, mas o acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, acima do limite superior da meta do Banco Central.
Meta do Banco Central e modelo de acompanhamento
O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3% para o período, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo, ou seja, entre 1,5% e 4,5%. De acordo com o modelo de meta contínua, a meta é descumprida se a inflação acumulada em 12 meses ficar fora do intervalo por seis meses consecutivos.
Segundo o IBGE, o índice de 5,35% significa que o Brasil continua em uma trajetória de inflação acima do limite superior da meta, sinalizando desafios na política monetária.
Desaceleração de junho e cenário futuro
Apesar de o índice de junho estar abaixo do registrado nos meses anteriores, a persistência da inflação em patamar elevado mantém a necessidade de atenção do Banco Central para o controle da inflação. A desaceleração, de acordo com analistas, pode refletir o avanço de medidas de política monetária e a menor pressão de alguns preços relativos.
Especialistas avaliam que, embora a inflação de junho traga notícias positivas, o cenário ainda exige vigilância para evitar que os altos índices persistam nos próximos meses.
Perspectivas para a política de juros
Com o quadro atual, o Banco Central pode reconsiderar a continuidade de aumentos na taxa básica de juros, a Selic, ou manutenção das atuais condições. A decisão dependerá da evolução da inflação e da trajetória dos preços na economia brasileira.
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