Na quinta-feira (22), a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que reduz impostos e cortes na expansão do Medicaid, enviando a proposta ao presidente Donald Trump para sanção. A medida, criticada por opositores, agravará a crise de saúde e aumentará a dívida pública.
Repercussões do novo pacote de Trump na saúde e na economia
O projeto, aprovado por 218 votos contra 214, elimina expansões de programas sociais sob administração democrática e mantém cortes fiscais implementados durante o governo Trump. Com um custo estimado em US$ 4,5 trilhões, o pacote reduz programas de alimentação e saúde, colocando em risco hospitais, especialmente em áreas rurais.
Segundo o representante Jim McGovern (D-Mass.), a estratégia é “roubar dos mais vulneráveis para pagar aos poderosos”, descrevendo a iniciativa como “cruel, covarde e uma traição aos valores americanos”.
Cortes na saúde e enfoque na imigração
As mudanças na política de Medicaid incluem requisitos de trabalho para adultos sem deficiência, que precisarão comprovar atividades por pelo menos 20 horas semanais. Apesar de a implementação ocorrer inicialmente em 2027, o Congresso destinou imediatamente US$ 150 bilhões para reforçar as operações de deportação, incluindo US$ 45 bilhões para novos centros de detenção e US$ 29 bilhões para agentes de imigração.
O aumento no financiamento de deportações ocorre enquanto Trump sugere possibilidades de deportar cidadãos nascidos nos EUA.
Críticas ao fortalecimento do ICE e impacto social
De acordo com a deputada Alexandria Ocasio-Cortez (D-N.Y.), “transformar o ICE em uma força paramilitar” representa uma ameaça profunda à sociedade americana. O vice-presidente JD Vance (R-Ohio) destacou que o montante destinado à imigração e deportações supera qualquer outro recurso, sendo a prioridade do projeto.
Debates e protestos durante a votação
Antes da aprovação, parlamentares de oposição denunciaram o projeto como uma agressão ao sistema de saúde e uma irresponsabilidade fiscal. Algumas revoltas de membros republicanos atrasaram o processo por horas, com votos contrários e abstenções como forma de protesto contra as alterações feitas pelo Senado, que aumentaram o custo do projeto em torno de um trilhão de dólares.
Apesar das resistências, os republicanos seguiram com a votação após garantirem que o projeto não cortaria o Medicaid, uma afirmação contestada por líderes democratas.
Perspectivas futuras e críticas adicionais
Os opositores alertam que a redução de benefícios sociais e a intensificação de operações de deportação representam um retrocesso para o Estado de bem-estar social. O projeto agora aguarda a assinatura de Trump, que deve sancionar a lei, consolidando uma política de cortes e endurecimento das ações de imigração.
Especialistas e líderes de oposição continuam criticando a proposta, que deve impactar milhões de americanos e ampliar o padrão de gastos do governo federal, agravando a crise fiscal do país.