Brasil, 11 de julho de 2025
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Haddad afirma que medidas de retaliação contra EUA não afetam inflação brasileira

Ministro da Fazenda explica que ações não tarifárias e tarifas de até 50% não pressionam preços internos, mesmo com retaliações aos EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10) que o Brasil dispõe de diversas medidas de retaliação comercial contra os Estados Unidos que não provocam impacto na inflação. Segundo Haddad, a Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso em abril, contempla ações não tarifárias e até algumas elevações tarifárias que não elevam os preços internos.

Medidas de retaliação e impacto na inflação

De acordo com o ministro, as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA impactam apenas os consumidores norte-americanos. Caso o Brasil aplique uma sobretaxa semelhante, haveria, em tese, aumento de preços de bens norte-americanos na economia brasileira, o que poderia influenciar a inflação. No entanto, Haddad reforçou que há muitas outras ações não tarifárias sendo estudadas pelo governo.

Rapporto com os Estados Unidos e canais diplomáticos

Haddad destacou que a Lei de Reciprocidade foi aprovada com amplo apoio, inclusive de setores da oposição, e que os canais diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos permanecem abertos. “Vamos formar um grupo de trabalho para analisar essa lei, que foi apoiada por ampla maioria no Congresso, e enquanto isso, os canais diplomáticos continuam buscando um entendimento”, afirmou.

Irracionalidade das tarifas de Trump

O ministro classificou como “irracional” a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, reforçando que ela não tem justificativa econômica. “Os Estados Unidos têm um superávit com o Brasil de mais de US$ 400 bilhões nos últimos 15 anos, então quem deveria estar amparado por proteção seria o Brasil, o que não é o caso”, afirmou Haddad, em entrevista a um podcast nesta manhã.

Outros pontos abordados

Haddad comentou brevemente a audiência de conciliação sobre o decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Sua posição foi de que o ato é constitucional, mantendo a postura da Fazenda sobre o tema.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Agência Brasil.

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